Agro

Preços do açúcar caem na ICE com ampla oferta; café também recua

Por Marcelo Teixeira e Maytaal Angel

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os preços do açúcar na ICE encerraram em queda nesta sexta-feira, devido a sinais de ampla oferta, apesar de o mercado ter permanecido dentro dos patamares vistos mais recentemente, enquanto os preços do café também fecharam em baixa.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto para julho fechou em queda de 0,12 centavo de dólar, ou 0,7%, a 17,54 centavos de dólar por libra-peso.

* O açúcar branco para agosto fechou em queda de 3,40 dólares, ou 0,7%, a 451,30 dólares por tonelada.

* Operadores afirmaram que os maiores descontos do primeiro contrato ante o segundo no açúcar bruto e no branco indicaram que a oferta permanece abundante no curto prazo. Mas acrescentaram que havia boa compra de consumidores finais ao redor dos 17,60 centavos, mantendo os preços em intervalo limitado.

* Além disso, também havia rumores sobre aumento nas cotações de navios prejudicando a demanda física, com alguns compradores dispostos a adiar acordos e esperar até as cotações do frete diminuírem.

* Dados mostraram que a produção de açúcar no Centro-Sul no Brasil, maior produtor, totalizou 2,62 milhões de toneladas na segunda quinzena de maio – acima das expectativas do mercado.

CAFÉ

* O café arábica para julho fechou em queda de 1,25 centavo de dólar, ou 0,8%, em 1,5745 dólar por libra-peso. O contrato atingiu a máxima de quatro anos e meio na semana passada.

* Operadores afirmaram que preocupações continuam sobre a safra do ano que vem no maior produtor de arábica, o Brasil, após secas severas prejudicarem a colheita atual. Mas as chuvas desta semana poderiam melhorar as perspectivas para a safra.

* Produtores brasileiros venderam 40% da safra deste ano até 8 de junho, um ritmo de venda bem mais acelerado que o visto nessa época em temporadas anteriores, disse a consultoria Safras & Mercado nesta sexta-feira.

* Sinais mostram que os protestos anti-governo na Colômbia, segundo maior produtor de café arábica do mundo, estão perdendo força. As manifestações chegaram a prejudicar exportações, como as de café.

* O café robusta para julho fechou em alta de 7 dólares, ou 0,4%, em 1.592 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

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