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Kremlin diz que ampliação da Otan na Ucrânia é “linha vermelha” para Putin

MOSCOU (Reuters) – O Kremlin alertou nesta segunda-feira que qualquer ampliação da infraestrutura militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia cruzaria uma das “linhas vermelhas” do presidente Vladimir Putin, e Belarus disse que concordou em agir com Moscou em contraposição à atividade crescente da Otan.

Alexander Lukashenko, presidente bielorrusso que é aliado próximo da Rússia, acusou os Estados Unidos de montarem centros de treinamento na Ucrânia que afirmou equivalerem a bases militares, e disse que debateu o assunto com Putin.

“Está claro que precisamos reagir a isto… concordamos que precisamos adotar algum tipo de medida como reação”, disse Lukashenko, segundo citação da agência de notícias RIA.

A Ucrânia iniciou exercícios militares conjuntos com soldados dos EUA e de outros membros da Otan na semana passada, enquanto Rússia e Belarus realizaram manobras de larga escala que alarmaram o Ocidente.

Há tempos a Ucrânia, que não é membro da Otan, busca laços mais estreitos com o Ocidente e seus militares. O país tem relações tensas com a Rússia desde que Moscou anexou a península da Crimeia em 2014 e passou a apoiar separatistas que lutam no leste ucraniano.

A Rússia se opõe com veemência à ideia de a Ucrânia integrar a Otan, e preocupou Kiev e o Ocidente no início deste ano reforçando forças militares perto das fronteiras ucranianas.

Indagado sobre as ações às quais Lukashenko se referia, o Kremlin respondeu: “Estas são ações que garantem a segurança de nossos dois Estados.”

(Por Dmitry Antonov e Natalia Zinets)

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