Celebridades

Príncipe Andrew não deve voltar à vida pública após acusação de abuso, dizem observadores da realeza

Por Andrew MacAskill e Kate Holton

LONDRES (Reuters) – A decisão do príncipe Andrew de fechar um acordo financeiro para encerrar uma acusação de que ele agrediu sexualmente uma adolescente décadas atrás pode acabar com seus problemas judiciais, mas o dano causado à sua reputação significa que é improvável que ele volte a desempenhar um papel na vida pública.

O acordo do duque de York, de 61 anos, inclui um pagamento de valor não revelado a Virginia Giuffre, uma mulher que o acusou de abusar sexualmente dela quando era adolescente. Segundo o acordo, revelado nesta terça-feira em um processo judicial de Manhattan, ele nunca teve a intenção de difamar o caráter dela.

O acordo marcou uma reviravolta no caso, depois que os advogados de Andrew acusaram Giuffre de buscar retorno financeiro com um processo “sem fundamento” — uma estratégia que foi condenada por grupos de direitos das mulheres. Andrew havia dito recentemente, no final de janeiro, que queria que o caso fosse ouvido por um júri dos EUA.

Biógrafos e comentaristas da realeza afirmaram após o acordo que Andrew provavelmente não seria capaz de retomar um papel público, enquanto os britânicos que conversaram com a Reuters disseram que o caso causou enormes danos à toda família.

No centro do caso estava o falecido financista e criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, amigo de Andrew por meio de sua sócia Ghislaine Maxwell. Giuffre acusou Epstein de traficar ela para o sexo.

O funcionário de seguros Anthony Joho, de 21 anos, disse que as alegações destruíram a mística de uma família que deveria representar a nação.

“Uma vez que as falhas aparecem e você vê o humano real dentro deles, que são as acusações, os problemas que eles tiveram, acho que esse é o problema agora. É difícil manter seu papel real como família real”, afirmou ele.

A biógrafa real Penny Junor disse à Reuters que o fracasso de Andrew em mostrar qualquer apoio às vítimas de Epstein foi imperdoável. “Ele apareceu como uma figura realmente antipática”, disse.

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