Asia

Presidente do BC do Japão descarta aperto monetário para lidar com inflação

O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, descartou nesta terça-feira a chance de aperto da política monetária ou retirada do estímulo para lidar com qualquer aumento na inflação devido à alta dos custos dos combustíveis, destacando a necessidade de aguardar que o crescimento dos salários acelere.

A crise na Ucrânia elevou os preços do petróleo a máximas de 14 anos, ampliando as chances de a inflação ao consumidor se aproximar da meta do Banco do Japão, de 2%, já no próximo mês.

Mas, com as expectativas de inflação e de aumento dos salários ainda baixas, a alta dos custos da energia e das commodities terá um impacto negativo sobre a economia do Japão, disse Kuroda ao Parlamento quanto questionado sobre como o banco poderá responderá se a inflação superar a meta de 2%.

“É inapropriado lidar com (esse aumento na inflação) reduzindo o estímulo ou apertando a política monetária”, disse ele.

Kuroda explicou que o Banco do Japão busca alcançar inflação moderada acompanhada de aumento dos salários e dos lucros corporativos.

“Se os preços do petróleo e das commodities elevarem a inflação enquanto o crescimento dos salários permanece baixo, isso afetará a renda real das famílias e os lucros corporativos, e prejudicará a economia”, disse ele.

(Reportagem adicional de Tetsushi Kajimoto)

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