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Macron faz apelo por calma na Córsega após morte de separatista em ataque na prisão

Por Makini Brice

PARIS (Reuters) – O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo nesta terça-feira por calma após a morte do militante separatista corso Yvan Colonna, cuja agressão por um outro detento provocou violentos protestos na ilha francesa no Mar Mediterrâneo no início do mês.

Colonna, que cumpria prisão perpétua pelo assassinato de uma autoridade na Córsega em 1998, estava em coma após ter sido estrangulado no dia 2 de março por um outro presidiário, que foi posteriormente descrito pelo ministro francês do Interior, Gerald Darmanin, como um “terrorista islâmico radicalizado”.

Após o ataque a Colonna, manifestantes entraram em confronto com a polícia e atacaram edifícios públicos na Córsega. A morte de Colonna, de 61 anos, na segunda-feira em um hospital em Marselha provocou temores de novos episódios de violência.

“A coisa mais importante é que a calma seja mantida, e que as negociações continuem”, disse Macron em entrevista à rádio France Bleu, elogiando os políticos locais que fizeram apelos semelhantes.

Os protestos levaram a uma visita emergencial de Darmanin, que disse que Paris poderia discutir a autonomia da Córsega.

A ilha tem um histórico separatista com episódios violentos, e o governo acompanha de perto quaisquer sinais de fagulha enquanto a França se prepara para o primeiro-turno das eleições presidenciais no dia 10 de abril.

Procuradores iniciaram uma investigação de terrorismo sobre o estrangulamento de Colonna na prisão. O outro detento foi aprisionado em 2016 para cumprir pena de nove anos por acusações relacionadas a terrorismo, de acordo com a procuradoria francesa especializada no combate ao terrorismo.

(Reportagem de Tassilo Hummel, Mimosa Spencer, Makini Brice)

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