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Nova presidente da Caixa promete revisão de governança no banco

A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, refirmou nesta quarta-feira em São Paulo que o banco vai fazer “uma nova revisão de governança” para fortalecer áreas como compliance em meio às investigações sobre supostos casos de assédio moral e sexual que teriam sido cometidos na gestão de Pedro Guimarães à frente da estatal.

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— A gente vai fazer uma nova revisão de governança fortalecendo outros fóruns internos, principalmente a área de compliance, que hoje está subordinada à vice-presidência de Riscos, que atua no monitoramento. Mas na minha experiência, na minha visão, se você fortalece o canal que atua preventivamente, você diminui o número de incidentes — afirmou a nova presidente da instituição a jornalistas durante o evento Expert XP, promovido pela XP Investimentos.

Marques defendeu que o padrão de governança adotado pela Caixa seja compatível com o de empresas de capital aberto listadas no Novo Mercado, o segmento mais exigente na B3.

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A nova presidente assumiu o cargo há um mês, depois que o então presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, caiu em meio a denúncias de assédio moral e sexual feitas por funcionárias do banco público.

Questionada sobre as mudanças em cargos no banco, Marques disse que “por ora” não deve fazer mais alterações, mas não descartou mudar a estrutura diretiva da Caixa.

— A gente está em processo para selecionar a vice-presidência de Sustentabilidade, e passando nesse estágio, por uma revisão na parte de governnaça de controle de Riscos e Compliance, mas ainda não sei se haverá mudança de vice-presidência, do ponto de vista de estrutura — disse. Desde que ela assumiu, dois vice-presidentes ligados a Guimarães deixaram o banco. A nova gestão afastou, ainda, 26 consultores próximos ao ex-presidente da Caixa.

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Marques ressaltou ainda a mudança da corregedoria, antes ligada diretamente à presidência do banco e atualmente subordinada ao conselho de administração da instituição e a criação da chamada “sala permanente” voltada a receber denúncias de casos de assédio no banco e a dar suporte a funcionárias que ventualmente tenham sido assediadas. As denúncias são monitoradas semanalmente.

— É uma sala permanente com 25 mulheres atendendo, um canal de apoio e acolhimento exclusivo para mulheres e formado por mulheres, tem tido uma resposta muito positiva. Isso tirou um pouco da pressão interna. (…) Realmente acolheu e acalmou o ambiente. Teve uma resposta muito positiva internamente. Essa sala funciona permanentemente no mesmo prédio em que eu fico, tem atendimento por chat, presencial e por telefone — afirmou.

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Infraestrutura

Durante sua participação no evento da XP, a presidente da Caixa anunciou ainda que o banco deverá firmar uma parceria com o BNDES para ganhar escala na modelagem de programas de concessões e parcerias público-privadas voltados a municípios.

— O BNDES tem uma inteligência de estruturação de projetos. Eu tenho (na Caixa) a distribuição de projetos. Podemos fazer um acordo de cooperção, estamos desenhando (a parceria) para que a carteiraa de projetos que a Caixa trabalha hoje com algumas prefeituras, de iluminação pública, resíduos sólidos e creches, seja uma fábrica de mais escala e a gente replique isso Brasil afora. Temos mais de 5 mil municípios e as prefeituras não tem capital humano para estruturar (projetos de concessão) — disse Daniella.

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