Brasil

Eleições são limpas e resultado será respeitado, diz Pacheco após fala de Bolsonaro

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira que as eleições brasileiras são limpas e que o resultado será respeitado após ser questionado sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista na véspera, quando disse que reconhecerá os resultados das eleições “desde que sejam limpas e transparentes”.

“Em relação a essa premissa específica, de que o resultado será respeitado desde que as eleições sejam limpas, eu pressuponho, com muita naturalidade, as eleições serão limpas e evidentemente serão limpas, normais e regulares e cabe unicamente ao Tribunal Superior Eleitoral informar a lisura do processo eleitoral”, disse.

“Não tenho dúvida, o processo eleitoral ocorrerá dentro da normalidade, será portanto uma eleição limpa e obviamente o resultado será respeitado, conforme afirmou o próprio presidente da República que é candidato”, reforçou Pacheco, em entrevista coletiva nesta manhã.

Para Pacheco, a fala de Bolsonaro está “dentro de um subjetivismo” do que se considera limpa ou não, destacando que não há motivo para qualquer tipo de desconfiança com o sistema eletrônico e que desde 1996 o processo de votação ocorre com resultado fiel à vontade popular e que não será diferente em 2022.

O presidente do Senado, que na véspera reuniu-se com o recém-empossado presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que no dia 1º de janeiro o Congresso vai se reunir para dar posse ao novo presidente da República, “seja quem for”.

Bolsonaro tem aparecido atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto e de forma recorrente tem levantado dúvidas, sem evidências, sobre a segurança do sistema de votação por meio de urnas eletrônicas.

Pacheco já se reuniu tanto com Bolsonaro quanto com Lula antes do pleito de outubro.

Desde o início do ano, o presidente do Senado se aliou à cúpula do Judiciário para rebater críticas de Bolsonaro sobre as eleições e ameaças mais extremas dele e de partidários.

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