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Zelenskiy diz à ONU: Exigimos “punição justa” por crimes russos

(Reuters) – O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta quarta-feira na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas que um crime foi cometido contra sua nação e que Kiev quer “punição justa” para a Rússia.

Zelenskiy, em um discurso gravado, disse que Kiev tem um plano de cinco pontos para estabelecer a paz duradoura – mas rejeitou qualquer sugestão de que a Ucrânia deveria adotar a neutralidade.

Ele descartou qualquer proposta de paz que não seja o plano proposto pela Ucrânia.

Zelenskiy disse que suas cinco condições não negociáveis para a paz incluem incluem punição pela agressão russa, a restauração da segurança e da integridade territorial da Ucrânia e garantias de segurança.

“…Este é o primeiro item de nossa fórmula de paz. Item abrangente. Punição”, disse Zelenskiy, vestindo sua camiseta cáqui, sua marca registrada, à assembléia.

“Punição para o crime de agressão. Punição para violação de fronteiras e integridade territorial. Punição que deve vigorar até que a fronteira internacionalmente reconhecida seja restaurada.”

Mas acrescentou: “O que NÃO está em nossa fórmula? Neutralidade. Aqueles que falam de neutralidade, quando os valores humanos e a paz estão sob ataque, querem dizer outra coisa.”

Muitas delegações aplaudiram Zelenskiy de pé após seu discurso. A delegação russa permaneceu sentada.

A busca pela adesão à aliança militar ocidental Otan e à União Européia está consagrada na constituição da Ucrânia. A Rússia disse antes mesmo de iniciar sua invasão em fevereiro que a adesão da Ucrânia à Otan era uma “linha vermelha” que não poderia ser violada.

Zelenskiy descartou “que o acordo possa acontecer em uma base diferente da fórmula de paz ucraniana. Quanto mais longe o terror russo chega, menos provável é que alguém no mundo concorde em sentar-se à mesa de negociação com eles”.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam as forças russas de crimes de guerra em diferentes partes do país que foram ocupadas. A Rússia nega as acusações e diz que não tem como alvo civis.

(Reportagem de Michelle Nichols)

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