Asia

Líder do Irã apoia polícia em protestos por Mahsa Amini, pode sinalizar repressão mais dura

Por Parisa Hafezi

DUBAI (Reuters) – O líder supremo do Irã deu nesta segunda-feira seu total apoio às forças de segurança que enfrentam protestos desencadeados pela morte da jovem Mahsa Amini sob custódia policial, comentários que podem significar uma repressão mais dura para conter os distúrbios mais de duas semanas desde que ela morreu.

Em seus primeiros comentários sobre a morte da mulher de 22 anos depois de ser presa por usar roupas consideradas não-islâmicas, o aiatolá Ali Khamenei disse que a morte “partiu profundamente meu coração” e chamou de “incidente amargo” provocado pelos inimigos do Irã.

“O dever de nossas forças de segurança, incluindo a polícia, é garantir a segurança da nação iraniana… Aqueles que atacam a polícia estão deixando os cidadãos iranianos indefesos contra bandidos, ladrões e extorsionários”, disse Khamenei.

As forças de segurança, incluindo a polícia e a milícia voluntária Basij, lideram uma repressão aos protestos, com milhares de presos e centenas de feridos, segundo grupos de direitos humanos, que estimam o número de mortos em mais de 130.

Autoridades iranianas relataram que muitos membros das forças de segurança foram mortos durante os distúrbios, que se transformaram no maior ato de oposição às autoridades iranianas em anos, com muitos pedindo o fim de mais de quatro décadas de regime clerical islâmico.

Khamenei disse que as forças de segurança enfrentaram “injustiça” durante os protestos. “Em incidentes recentes, são sobretudo as forças de segurança, incluindo a polícia e Basij, bem como o povo do Irã, que foram prejudicados”, declarou ele.

“Algumas pessoas causaram insegurança nas ruas”, disse Khamenei, condenando o que descreveu como “motins” planejados e acusando Estados Unidos e Israel de orquestrar os distúrbios.

((Tradução Redação São Paulo))

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