O ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira que a geração de empregos será uma obsessão de seu governo e que vai investir na recuperação da indústria naval e do setor de óleo e gás.
Lula também disse que vai buscar atrair capital estrangeiro focado em investimentos em novos projetos, e não na compra das empresas estatais, além de investimento em tecnologia para ampliar o acesso à internet.
“Vamos recuperar a indústria naval brasileira, de óleo e gás desse país, e construir parceiras entre universidades e empresários para investir no mundo digital… sem isso não vamos dar o salto de qualidade que precisamos e vamos ficar invejando China, Coreia e boa parte da Índia“, disse Lula a jornalistas durante visita a Belford Roxo, na Baixada Fluminense, região conhecida por empregos menos qualificados e muita informalidade no trabalho.
“Para mim emprego é obsessão, e a retomada do desenvolvimento industrial passa por nós discutirmos que nicho de indústria a gente quer fomentar e cabe ao Estado tomar a iniciativa“, acrescentou o ex-presidente, que participou de uma caminhada pela cidade junto com lideranças locais.
A indústria naval e o setor de óleo e gás já foram potências no Estado do Rio de Janeiro, mas enfrentam uma crise nos últimos anos que geraram uma enorme perda de empregos.
Ao lado do prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União Brasil), que chegou a ser cortejado pela campanha do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que um eventual novo governo dele vai trabalhar para atrair investimentos estrangeiros focados na geração de novos projetos e postos de trabalho, e não aqueles que miram a compra de empresas nacionais.
“Temos que atrair capital estrangeiro direto e não queremos capital estrangeiro para comprar as nossas indústrias. Queremos é que sejam construídos ativos novos para gerar mais oportunidades, crescimento e fazer com que a economia desse país evoluída possa significar melhoria da qualidade de vida das pessoas”, afirmou.
Lula não citou a Petrobras, mas a estatal adotou nos últimos anos um pesado plano de venda de ativos para empresas nacionais e estrangeiras. O atual governo ainda promoveu a venda da BR distribuidora e realizou a capitalização da gigante de energia Eletrobras.
