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Incêndio em prisão do Irã deixa 4 mortos e 61 feridos enquanto protestos persistem

Por Parisa Hafezi

DUBAI (Reuters) – Um incêndio na prisão Evin do Irã, no sábado, matou quatro detentos e feriu 61, noticiou a mídia estatal, enquanto protestos contrários ao governo provocados pela morte de uma mulher sob custódia policial continuaram neste domingo, inclusive em várias universidades.

As autoridades iranianas disseram no sábado que uma oficina na prisão havia sido incendiada “após uma briga entre vários prisioneiros condenados por crimes financeiros e roubo”. Evin mantêm sob custódia muitos detentos que enfrentam acusações de segurança, inclusive iranianos com dupla nacionalidade.

O judiciário iraniano informou que quatro dos feridos no incêndio de sábado estavam em estado crítico e que os mortos haviam morrido por inalação de fumaça, noticiou a mídia estatal iraniana.

Os protestos desencadeados pela morte em 16 de setembro de Mahsa Amini, de 22 anos, tornaram-se um dos desafios mais difíceis para os governantes clericais do Irã desde a revolução de 1979, com manifestantes pedindo a queda da República Islâmica, mesmo que a agitação não pareça estar próxima de derrubar o sistema

As manifestações continuaram no domingo em várias universidades, inclusive nas cidades de Tabriz e Rasht, diante de uma forte mobilização da polícia antimotim. Vídeos postados nas mídias sociais mostraram os estudantes de uma universidade de Teerã cantando: “O Irã se transformou em uma grande prisão. A prisão de Evin se tornou um matadouro”

A Reuters não pôde verificar as filmagens de forma independente.

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