Investimento

Venda de cimento avança em janeiro mas sob base fraca de comparação, diz Snic

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) – As vendas de cimento no país avançaram em janeiro em relação ao mês anterior e a igual período de 2022 apoiadas em uma base de comparação mais fraca, disse nesta quarta-feira o sindicato de fabricantes do insumo, Snic.

As vendas totalizaram 4,9 milhões de toneladas em janeiro, aumento de 6,3% frente a um ano antes e de 7,9% na comparação com dezembro.

“Em razão de uma base mais fraca em 2022 devemos ter resultados positivos no início de 2023”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do Snic, em comunicado. “Apesar do crescimento no período, temos que ter cautela”, acrescentou.

Em 2022, os meses de janeiro e dezembro foram os de pior desempenho na venda de cimentos, segundo a entidade.

O Snic observou que o mercado de construção segue em queda, tanto em venda de materiais quanto no número de financiamentos imobiliários, enquanto as intenções de compras do consumidor para os próximos meses mantêm trajetória negativa.

“As altas da inflação e dos juros, o endividamento das famílias –que só deve se alterar com a sustentação da recuperação do mercado de trabalho — apontam para um horizonte ainda preocupante”, afirmou o Snic.

A expectativa para 2023, divulgada no início de janeiro, é de alta de 1% nas vendas de cimento, depois que a comercialização do material no ano passado recuou mais que o esperado, caindo 2,8%, para cerca de 63 milhões de toneladas.

Ainda assim, a entidade disse estar otimista com a retomada dos investimentos em infraestrutura e com a possibilidade de elevar a presença do cimento em programas habitacionais e saneamento e, do pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas, estradas e rodovias.

O setor acredita que recursos destinados a impulsionar o programa Minha Casa Minha Vida podem ajudar nas vendas, mas com reflexos principalmente no segundo semestre.

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