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Roteiristas de Hollywood votam para decidir se dão poder aos negociadores para convocar greve

Roteiristas de Hollywood votam para decidir se dão poder aos negociadores para convocar greve

Por Lisa Richwine

LOS ANGELES (Reuters) – Roteiristas de televisão e de cinema de Hollywood terão pela frente uma votação crítica nesta semana, na qual pressionarão as empresas de mídia a aumentarem os salários ou a enfrentarem uma greve que atrapalhará um setor que se recupera da pandemia e se encontra sob pressão para tornar o streaming mais rentável.

Os negociadores do sindicato dos roteiristas dos EUA (WGA) pediram aos cerca de 11.500 membros que iniciem uma votação para dar ou não o poder de convocar uma greve após o dia 1º de maio, caso as negociações contratuais fracassem. A votação termina na segunda-feira e o resultado deve ser divulgado logo depois.

O voto de autorização de greve tem como objetivo aumentar a pressão sobre empresas como Netflix e Walt Disney Co e convencê-los a aumentar a remuneração dos roteiristas, que argumentam que seus salários foram prejudicados por conta da revolução do streaming, que resultou em temporadas de TV mais curtas e pagamentos residuais menores.

“Sentimos que fomos desvalorizados por anos”, disse John August, um roteirista que faz parte do comitê de negociação do sindicato.

Uma greve prolongada pode custar caro. A última greve do WGA, em 2007 e 2008, durou 100 dias. As redes de TV transmitiram reprises e mais reality shows, enquanto o custo da paralisação para a economia da Califórnia foi estimado em 2,1 bilhões de dólares, de acordo com o Milken Institute. A maioria dos roteiristas de TV e de cinema vive em Los Angeles ou Nova York.

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