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Luta contra mudanças climáticas é dever de bancos centrais, diz presidente do BC da França

Por Marc Jones

LONDRES (Reuters) – O presidente do banco central da França, François Villeroy de Galhau, rejeitou as críticas ao crescente envolvimento dos bancos centrais na luta contra as mudanças climáticas, chamando a questão de foco “obrigatório”.

“Os riscos relacionados ao clima estão claramente entre os riscos de longo prazo aos quais as instituições financeiras estão expostas: o monitoramento desses riscos não é opcional, ou parte de uma política de RSE (responsabilidade social corporativa), mas algo obrigatório”, disse Villeroy, que também faz parte do conselho de administração do Banco Central Europeu, em um discurso na conferência City Week em Londres.

Sobre alguns dos temores recentes expressos por várias das principais autoridades de bancos centrais, Villeroy acrescentou que elas não devem perder muito tempo com o debate jurídico e político sobre os mandatos das autoridades monetárias.

“O principal mandato dos bancos centrais em todo o mundo é a estabilidade de preços, e as mudanças climáticas já afetam o nível de preços e a atividade”, enfatizou Villeroy.

O debate sobre quanta influência os bancos centrais podem ter na resolução de questões climáticas tornou-se cada vez mais divisivo este ano.

Em janeiro, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o banco deve “manter-se na sua função”, pois “não é um formulador de políticas climáticas e nunca será”.

Villeroy, no entanto, que há muito tempo é um firme defensor de uma maior abrangência de ações das autoridades monetárias, pediu aos bancos centrais e outros que criem melhores modelos de como as mudança climáticas provavelmente vão alterar as economias.

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