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Apple aposta em crescimento futuro nos mercados emergentes, começando pela Índia

Por Stephen Nellis

(Reuters) – Quando a Apple surpreendeu os investidores esta semana com um aumento nas vendas do iPhone, apesar da queda no mercado global de smartphones, o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, deu crédito a mercados emergentes como a Índia, onde a empresa está conquistando usuários do Android.

Cook está apostando que esses mercados oferecerão mais oportunidades de crescimento, com suas populações jovens e relativamente poucos iPhones.

As ações da Apple subiam mais de 4% nesta sexta-feira, colocando a empresa mais valiosa do mundo a caminho de registrar ganhos de cerca de 120 bilhões de dólares em capitalização de mercado.

A Apple informou que as vendas do iPhone subiram 1,5%, para 51,3 bilhões de dólares no segundo trimestre fiscal, mesmo com a queda de 13% nas remessas globais de smartphones de janeiro a março, segundo a empresa de pesquisa Canalys, cujos dados mostraram que a Apple ganhou participação de mercado em relação aos celulares Android.

A empresa disse que estabeleceu recordes de vendas em vários países do sul da Ásia, da América Latina e do Oriente Médio.

“Estamos dedicando esforços em vários desses mercados e realmente vemos, especialmente dadas a nossa baixa participação e as dinâmicas demográficas, uma grande oportunidade para nós nesses mercados”, disse Cook aos investidores durante uma teleconferência.

A Índia é talvez o maior foco da Apple. A empresa abriu recentemente suas duas primeiras lojas de varejo lá, em Mumbai e Délhi, e embora a Apple não divulgue sua receita no país, Cook disse aos investidores que a empresa alcançou um recorde trimestral e um forte crescimento percentual de dois dígitos na base anual.

Para a Apple, vender um iPhone em um mercado emergente representa mais do que apenas a venda de um dispositivo — representa a chance de atrair ao longo do tempo os consumidores para os dispositivos e serviços da Apple. Os clientes que começam com um iPhone podem posteriormente comprar AirPods ou um Apple Watch, ou assinar serviços da empresa.

(Reportagem de Stephen Nellis em San Francisco; Reportagem adicional de Munsif Vengattil em Nova Delhi e Akash Sriram em Bengaluru)

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