UE precisa produzir chips de computador de ponta, diz chefe da indústria
Por Toby Sterling
ANTUÉRPIA, Bélgica (Reuters) – O chefe da indústria da União Europeia, Thierry Breton, exaltou nesta terça-feira a Lei Europeia de Chips aprovada no mês passado, dizendo que a Europa precisa fabricar seus próprios chips de computador de ponta e não se limitar a pesquisas ou à produção de chips relativamente mais antigos.
“Com o acordo sobre a Lei dos Chips, estamos enviando um forte sinal a todos vocês, na Europa e fora dela, de que estamos abertos para negócios”, disse ele em uma conferência de empresas de semicondutores na Antuérpia.
A Lei dos Chips é a resposta da Europa a planos semelhantes para incentivar a fabricação de semicondutores nos Estados Unidos, China, Taiwan, Coreia do Sul e Japão.
Breton repetiu as metas de dobrar a participação da Europa em toda a fabricação de chips para 20% do total global, acima dos 10% atuais, embora especialistas digam que o plano da UE representa menos apoio do que os oferecidos pelos Estados Unidos ou pela China.
Ele disse que o plano é o modelo para uma nova geração de políticas industriais mais assertivas, incluindo “apoio direto à base manufatureira na Europa em toda a cadeia de suprimentos: não basta ser excelente em pesquisa. Para ser industrialmente relevante, é preciso construir fábricas e produzir na Europa”.
Ele também rejeitou a ideia de que a Europa deveria se concentrar apenas nos pontos fortes existentes na fabricação de chips relativamente mais antigos, principalmente para a indústria automobilística.
“Estamos rejeitando qualquer tentativa de segmentação geográfica em que a Europa produziria chips de computador convencionais, enquanto a Ásia e os Estados Unidos produziriam chips avançados”, disse.
