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Vítimas alemãs vão de bicicleta a Roma para pressionar papa sobre abuso da Igreja

CIDADE DO VATICANO (Reuters) – Um grupo de vítimas de abuso alemãs fez um apelo nesta quarta-feira ao Papa Francisco para intensificar os esforços contra “abuso sexual e espiritual” pelo clero, depois de completarem uma jornada de bicicleta de 900 km de Munique ao Vaticano.

Escândalos de abuso abalaram a reputação da Igreja Católica e têm sido um grande desafio para o papa, que aprovou uma série de medidas destinadas a responsabilizar mais a hierarquia da Igreja, com resultados mistos.

“Homens e mulheres a serviço da Igreja infligiram severa violência física, sexual e psicológica às pessoas confiadas aos seus cuidados”, disse o grupo em uma carta entregue a Francisco durante sua audiência semanal na Praça de São Pedro.

“Esperamos que faça tudo ao seu alcance para garantir que em todos os cantos da Igreja a questão do abuso sexual e espiritual seja vista, tratada e evitada por meio de medidas preventivas apropriadas”, acrescentaram.

O grupo alemão, formado por 15 sobreviventes de abusos e outros apoiadores, deixou Munique em 6 de maio e viajou para Roma com o apoio do arcebispo local, cardeal Reinhard Marx, ex-chefe da conferência episcopal alemã.

A questão do abuso é particularmente sensível na Alemanha, onde as investigações expuseram abuso histórico generalizado e o encobrimento da Igreja, provocando demandas por grandes mudanças.

(Reportagem de Alvise Armellini e Rachel More)

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