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Presidente do BC do Japão diz que manterá política ultrafrouxa por enquanto

Por Leika Kihara e Tetsushi Kajimoto

TÓQUIO (Reuters) – O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse nesta terça-feira que o banco central manterá sua política monetária ultrafrouxa pacientemente, pois ainda está longe de atingir sua meta de inflação de 2% de forma sustentável, minimizando as expectativas de uma mudança no curto prazo.

“Esperamos que a inflação desacelere claramente abaixo de 2%” no meio do atual ano fiscal, disse Ueda ao Parlamento.

“É provável que a inflação se recupere depois disso… embora haja grande incerteza” nas perspectivas, acrescentou.

Sinais positivos incluem um provável grande aumento salarial nas negociações anuais deste ano, o que pode ajudar a afastar a mentalidade deflacionária do Japão.

“(Nós) manteremos o afrouxamento monetário pacientemente, pois ainda há distância para alcançar aumentos sustentáveis e estáveis de preços a 2%, juntamente com aumentos contínuos nos salários”, disse Ueda, acrescentando que o Banco do Japão também continuará suas operações de compra de títulos governamentais de longo prazo por enquanto.

Os comentários vêm enquanto os mercados especulam que Ueda logo começará a eliminar gradualmente o estímulo monetário de seu antecessor para lidar com os crescentes efeitos colaterais do afrouxamento prolongado, como as distorções que sua enorme compra de títulos está causando nos preços de mercado.

O banco central revisará suas projeções trimestrais de crescimento e inflação na reunião de política monetária de 27 a 28 de julho.

De acordo com as projeções feitas em abril, o Banco do Japão espera que o núcleo da inflação ao consumidor atinja 1,8% no ano fiscal encerrado em março de 2024, abaixo da previsão de 2,3% em pesquisa divulgada em 15 de maio pelo Japan Center for Economic Research.

(Reportagem de Leika Kihara e Tetsushi Kajimoto)

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