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Putin diz que não há necessidade de nova mobilização de combatentes, descarta lei marcial

Por Guy Faulconbridge e Vladimir Soldatkin

MOSCOU (Reuters) – O presidente Vladimir Putin disse nesta terça-feira não ver por enquanto necessidade de uma mobilização adicional de homens para lutar na Ucrânia, mas disse que tudo depende de o que a Rússia deseja alcançar lá e perguntou se as forças de Moscou devem tentar tomar Kiev novamente.

“Não há essa necessidade hoje”, disse Putin em uma reunião televisionada de correspondentes de guerra russos e blogueiros militares quando questionado sobre outra mobilização depois de declarar no ano passado o que classificou como uma “mobilização parcial” de 300 mil reservistas.

“Algumas figuras públicas dizem que precisamos de 1 ou 2 milhões”, disse Putin. “Depende do que queremos.”

“Devemos voltar para lá?” disse Putin sobre Kiev, que as tropas russas não conseguiram tomar nos estágios iniciais de o que Moscou chama de “operação militar especial” na Ucrânia.

Putin também disse que a Rússia precisa combater agentes inimigos e melhorar suas defesas contra ataques dentro de seu próprio território, mas disse que não há necessidade de seguir o exemplo da Ucrânia e declarar a lei marcial.

“Não há razão para introduzir algum tipo de regime especial ou lei marcial no país”, disse Putin. “Não há necessidade de tal coisa hoje.”

A contra-ofensiva em larga escala da Ucrânia começou em 4 de junho e não teve sucesso em nenhuma área, disse, acrescentando que as perdas humanas ucranianas foram 10 vezes maiores.

Ele também disse que a Ucrânia perdeu mais de 160 de seus tanques e 25% a 30% dos veículos fornecidos do exterior, enquanto a Rússia perdeu 54 tanques.

A Reuters não pôde verificar independentemente suas afirmações.

Putin também disse que a Ucrânia atingiu deliberadamente a barragem de Kakhovka em 6 de junho com foguetes HIMARS fornecidos pelos Estados Unidos, uma medida que, segundo ele, também prejudicou os esforços de contra-ofensiva de Kiev.

Os objetivos da Rússia na Ucrânia podem evoluir com a situação, mas seu caráter fundamental não mudará, disse.

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