Esportes

Sindicato aponta “risco” para jogadoras em caminho até Copa do Mundo

Por Amy Tennery

(Reuters) – As mulheres que representam seus países nas etapas classificatórias para a Copa do Mundo de futebol estão arriscando sua segurança em campos de baixa qualidade, e muitas jogam sem remuneração, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo órgão global que representa as atletas.

Quase 30% das jogadoras de seleções entrevistadas para o relatório da Fifpro disseram que atuam de graça, enquanto dois terços disseram que tiveram que tirar licença sem remuneração de seus empregos para representar o país em campeonatos da confederação.

O relatório apontou insatisfação generalizada com as condições do campo e do estádio, avaliações médicas e ausência geral de padrões universais, levando a Fifpro a pedir revisão dos processos de qualificação das seis confederações regionais de futebol.

Os estádios e gramados de jogo não eram de “padrão elite”, de acordo com 32% das jogadoras. Mais da metade disse que não realizou um exame médico pré-torneio.

“As condições a que as jogadoras são expostas durante alguns dos maiores momentos competitivos de suas vidas não estão de acordo com os padrões do futebol internacional de elite, colocando as jogadoras e o esporte em risco”, disse a Fifpro.

“A Fifpro faz um apelo firme ao setor para olhar mais de perto os processos de qualificação em cada uma das seis confederações.”

O relatório surge em meio à preocupação global com as lesões no futebol feminino, com um coro crescente pedindo uma pesquisa melhor sobre a prevalência de lesões antes da Copa do Mundo, que está marcada para começar em 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia.

(Reportagem de Amy Tennery em Nova York)

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