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Petrobras diz que ajustes nos preços dos combustíveis poderão ser feitos quando necessários

Em meio às críticas de que está vendendo gasolina e diesel abaixo das cotações internacionais, a Petrobras diz que o momento atual é de grande incerteza quanto à recuperação da economia global. Em nota, a estatal afirma que há uma elevação dos preços de referência e da volatilidade.

Com isso, afirmou que “eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independente”. A companhia afirma que “tem observado com atenção os desdobramentos do mercado internacional de petróleo e seu impacto sobre o mercado brasileiro”. Nesta segunda-feira, o barril tipo Brent está cotado acima de US$ 85, maior patamar desde meados de abril.

Desde a criação da nova política de preços, em maio, a Petrobras já reduziu o preço da gasolina três vezes em suas refinarias, passando de R$ 3,18 para R$ 2,52 por litro, uma queda de 20,75%.

A Petrobras diz ainda que a falta de perspectiva da recuperação da economia mundial afefta diretamente a demanda por energia e a oferta de petróleo e de combustíveis.

Nesta segunda-feira, segundo a Abicom, que reúne os importadores, a Petrobras está vendendo gasolina com preço 24% abaixo do cenário internacional. No diesel, a defasagem é de -22%. Desde meados de maio, os valores praticados pela estatal estão abaixo dos preços no cenário internacional.

“Essa combinação, no curtíssimo prazo, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil”.

Um analista do setor lembra que os preços começaram a ficar mais “descolados” nos últimos dez dias. Por isso, diz, é preciso esperar mais uma semana para entender até que ponto a estatal pode manter seus valores no atual patamar.

Sem citar aumento nos preços ou redução, a Petrobras lembra que ” ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes”.

A companhia afirma também que leva em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável. ” Os reajustes continuam sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, diz a estatal em nota.

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