Internacional

Rússia ataca porto ucraniano no Danúbio, elevando preços globais de grãos

Por Pavel Polityuk

KIEV – A Rússia atacou porto da Ucrânia no rio Danúbio nesta quarta-feira, elevando os preços globais dos alimentos à medida que aumenta o uso da força para restabelecer um bloqueio.

O Ministério da Defesa da Ucrânia disse que um silo de grãos foi danificado no porto de Izmail, no Danúbio, na região de Odessa: “Os grãos ucranianos têm potencial para alimentar milhões de pessoas em todo o mundo”, escreveu o ministério na plataforma de mensagens X.

O porto, do outro lado do rio a partir da Romênia, membro da Otan, tem servido como a principal rota alternativa da Ucrânia para as exportações de grãos desde que a Rússia reintroduziu seu bloqueio de fato aos portos ucranianos no Mar Negro em meados de julho.

Um vídeo divulgado pelas autoridades ucranianas mostrou bombeiros lutando contra um grande incêndio em um prédio com janelas quebradas. Vários outros edifícios grandes estavam em ruínas e grãos vazaram de pelo menos dois silos destruídos.

Não houve relatos de vítimas, escreveu o governador da região de Odessa, Oleh Kiper, em um post no aplicativo de mensagens Telegram.

“Infelizmente, houve danos”, disse o presidente Volodymyr Zelenskiy no Telegram. “Os mais significativos estão no sul do país. Os terroristas russos mais uma vez atacaram portos, grãos, segurança alimentar global.”

Uma fonte do setor confirmou que Izmail foi o principal alvo do ataque, descrevendo o nível de dano como “sério”.

Preços do trigo em Chicago saltaram 4% após o ataque de quarta-feira e ainda subiam cerca de 2,5% no final da manhã, com os traders preocupados novamente com um impacto nas ofertas globais ao tirar a Ucrânia, um dos maiores exportadores do mundo, do mercado.

A Rússia tem atacado a infraestrutura agrícola e portuária ucraniana por mais de duas semanas, desde que se recusou a estender um acordo que suspendia o bloqueio dos portos ucranianos.

O Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin falou por telefone com o patrocinador do acordo de exportação de grãos, o presidente turco Tayyip Erdogan.

Putin reiterou a condição da Rússia para voltar ao acordo de grãos: que seja implementado um acordo paralelo que melhore os termos de suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes.

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