Política

Eduardo Bolsonaro vende calendário com o pai sem camisa na capa

Eduardo Bolsonaro vende calendário com o pai sem camisa na capa
Reprodução Internet

Eduardo Bolsonaro vende calendário com o pai sem camisa na capa O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lançou um calendário de parede que traz na capa o pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem camisa. O item é vendido por R$ 69,90 na Bolsonaro Store, loja criada pela família para arrecadar dinheiro. Na foto, é possível ver a cicatriz da facada que o ex-chefe de Estado teria levado durante a campanha eleitoral de 2018.

No vídeo de divulgação, o deputado afirma que as “fotos históricas” no calendário representam a “trajetória vitoriosa” do pai, que, nas palavras dele, foi o “melhor presidente da história do nosso país”. Ele diz que o lançamento marca os 36 anos de carreria do ex-presidente. Na loja, é possível comprar ainda a versão de mesa do calendário, que custa R$ 59,90.

Investigação sobre joias

A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Michelle Bolsonaro junto com os de Jair Bolsonaro na última sexta-feira (11), afirmou uma fonte da corporação à reportagem. Nos últimos dias, as investigações sobre as supostas vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades estrangeiras puseram o ex-presidente e a esposa dele na mira da PF.

Apesar de o ex-chefe do Executivo e Michelle não terem sido alvos da última operação sobre as joias, o relatório de investigação mostra que pode haver relação direta deles com o caso. O uso de avião público para transportar bens a ser vendidos nos Estados Unidos e as mensagens que organizam a entrega de US$ 25 mil “em mãos” ao ex-presidente estão entre os indícios encontrados.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vê “determinação” de Bolsonaro para o esquema. A defesa do ex-presidente afirmou que ele “jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos”. Em nota, a defesa diz também que Bolsonaro entregou joias “voluntariamente e sem que houvesse sido instado” ao Tribunal de Contas da União (TCU), episódio que ocorreu em março deste ano. Entre os itens de luxo devolvidos estão abotoaduras, um anel, um relógio, uma caneta e uma masbaha, objeto religioso.

A operação de sexta-feira teve como alvo o general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, o tenente do Exército Osmar Crivelatti e o ex-advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef.

Na avaliação de Moraes, que liberou as buscas e apreensões de sexta, os dados analisados pela PF mostram a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República — órgão responsável pela análise e definição do destino de presentes oferecidos por uma autoridade estrangeira ao presidente da República — “ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro”.

Entenda a operação

A Polícia Federal cumpriu na última sexta-feira quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente Bolsonaro de Estados estrangeiros. Os investigados são suspeitos de ter vendido joias e presentes oficiais ganhos por ele.

De acordo com a PF, eles teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.

As quantias obtidas com essas operações “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados por meio de pessoas interpostas e sem usar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, a localização e a propriedade dos valores”. A Polícia Federal não informou o lucro que os suspeitos teriam obtido com a venda das joias e dos presentes. Fonte R7

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