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Um novo líder: Agora protagonista, Vini Jr. estreia no ciclo da seleção brasileira para a Copa de 2026

Assim como diz um trecho da música Zé do Caroço, de Leci Brandão, está nascendo um novo líder na seleção brasileira. Por mais que Neymar ainda seja a principal referência técnica, Vinicius Júnior, desponta para assumir, ao lado do camisa 10, o protagonismo do time no novo ciclo de Copa do Mundo. É com essa expectativa que hoje, às 21h30, contra a Venezuela, na Arena Pantanal, pelas Eliminatória, Vini fará sua estreia na equipe agora comandado por Fernando Diniz.

Ausente nos dois primeiros jogos do Brasil com o treinador por conta de uma lesão muscular, Vini Jr. tem titularidade confirmada no lado esquerdo do ataque. Ao contrário do último ciclo, quando só confirmou vaga às vésperas da Copa do Mundo do Catar, o camisa 7 começa o atual com a credencial de ser o melhor jogador brasileiro em atividade no futebol mundial.

— Ter o Vinicius Júnior na seleção e com um técnico como Fernando Diniz é muito promissor e animador. Diniz vai potencializar muito o futebol do Vini, que, aberto pela esquerda, vai ter um estímulo de se movimentar, criar a opção de jogada, participar, interagir e praticar um jogo inclusivo, que é um conceito que o Fernando Diniz desenvolve muito bem e os jogadores têm ressaltado — destacou Paulo Cesar Vasconcellos, comentarista do Grupo Globo.

Além de promover uma nova dinâmica de jogo, a presença de Vini Jr. pelo lado esquerdo do ataque brasileiro deve também mudar o estilo apresentado pelo time nas duas primeiras partidas com Fernando Diniz. Contra Bolívia e Peru, o treinador teve Rodrygo, companheiro de Vini no Real Madrid, atuando pela esquerda. Com preferência em atuar pela faixa central do campo, ele buscou mais as jogadas da ponta para o meio, o que proporcionou bons lances com Neymar. Próxima, a dupla se buscou em campo o tempo inteiro. Já Vini, por sua vez, é mais vertical e tenta o fundo para superar os adversários no um contra um.

Embora seja um estilo novo na seleção brasileira, analistas apontam que as características de ambos os jogadores podem dar a Diniz a chance de propor no time canarinho uma tática já conhecida pelo treinador.

— Acho que a tendência nesse jogo é até reunir mais o time do lado esquerdo, por conta da diferença de característica entre o Rodrygo e o Vini Jr. Se a gente fizer uma comparação com o Fluminense, com Marcelo e Keno, o Keno flutua menos para o outro lado. O Diniz, geralmente, dá mais liberdade ao Marcelo, por ter mais essa característica — disse Rodrigo Coutinho, analista de desempenho e comentarista do Sportv.

Nesse caso, com Vini Jr. mais espetado na ponta, quem deve desempenhar essa função de levar o jogo mais para dentro é o lateral Guilherme Arana. Com características que complementam bem com essa ideia, o jogador deve ser titular.

— Com Jorge Sampaoli (no Atlético-MG) eu atuava mais por dentro do que por fora. Temos jogadores de muita velocidade, como o Vini, que fazem essa função (pelo corredor). Como já fiz as duas funções, o que o Diniz escolher não vai ser novidade para mim — afirmou o lateral-esquerdo.

Acolhimento a Vini

Além de marcar a estreia do atacante no novo ciclo com Fernando Diniz, a partida da seleção em Cuiabá será a primeira do atacante no Brasil após sofrer racismo contra o Valência, em maio, pelo Campeonato Espanhol. Mais midiático de todos os casos sofridos pelo atacante, isso desencadeou uma série de protestos no país. Já querido pelo estilo de jogo ousado e pela personalidade alegre, a tendência é que o atacante sinta de perto o carinho do torcedor.

— Ele será acolhido no estádio e isso, evidentemente, fará bem para sua estima. Mas a luta do Vini Jr. não é só contra o crime de racismo praticado em estádios espanhóis. Ele é contra a prática do que no Brasil também é considerado crime de racismo. O Brasil também é um país racista — lembrou PC Vasconcellos.

Além do Brasil, a Argentina de Messi tem 100% de aproveitamento após duas rodadas das Eliminatórias. Hoje, às 20h (transmissão do Sportv 2), a atual campeã mundial recebe o Paraguai. No complemento da terceira rodada, o Uruguai visita a Colômbia, às 17h30; a Bolívia é mandante diante do Equador, às 20h; e o Chile encara os peruanos, às 21h.

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