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Bolsas da Europa fecham mistas, de olho em dado melhor que esperado e guerra do Oriente Médio

Operadores trabalham no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na cidade de Nova York, EUA

As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 23, com os investidores ponderando os desdobramentos da guerra do Oriente Médio. Os mercados também avaliaram dado de confiança do consumidor da zona do euro, a poucos dias da decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE).

O conflito na Faixa de Gaza continua injetando volatilidade nos mercados globais, sob o risco de envolver outros países.

“Os acontecimentos do fim de semana ofereceram alguma esperança de um acordo, com a libertação de dois reféns israelenses e a entrada de alguns comboios de ajuda para Gaza”, comentou o analista-chefe de Mercados da CMC Markets, Michael Hewson. “No entanto, a troca de tiros entre Israel e o Hamas continuou, enquanto a perspectiva de uma nova frente na fronteira libanesa se torna uma preocupação cada vez maior, à medida que as forças israelenses trocam tiros com o Hezbollah.”

A sessão também contou com a divulgação do índice de confiança do consumidor da zona do euro, que recuou a -17,9 na leitura preliminar de outubro, quando analistas ouvidos pelo FactSet esperavam uma queda a -18.

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Dados fracos tendem a sinalizar que o ciclo de aperto monetário está surtindo o efeito pretendido, abrindo espaço para uma postura mais dovish. Assim, o indicador chegou a dar algum fôlego aos índices acionários europeus, mas a reação não durou.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,36%, aos 7.375,61 pontos; em Frankfurt, o DAX cedeu 0,03%, aos 14.793,60 pontos; em Paris, o CAC 40 ganhou 0,51%, aos 6.850,90 pontos; em Milão, o FTSE MIB subiu 0,80%, aos 27.575,54 pontos; em Madri, o Ibex 35 perdeu 0,35%, aos 8.997,20 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,19%, aos 6.027,70 pontos. As cotações são preliminares.

Entre destaques, o papel da suíça Roché caiu 0,69% após anúncio de compra da Telavant Holdings, empresa da Roivant Sciences e da Pfizer, em um negócios de US$ 7 bilhões.

A ação da Eni avançou 0,44% em Milão. O movimento ocorreu depois da notícia de que a empresa assinou um contrato de longo prazo com a QatarEnergy LNG NFE para o desenvolvimento do projeto North Field East (NFE) no Qatar, que visa fornecer até 1,5 bilhões de metros cúbicos por ano de gás natural liquefeito (GNL).