Economia

CSN nega estudo para vender 30% da CSN Mineração em esclarecimentos à CVM

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) prestou esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre uma série de questões que envolveram o CSN Day e comunicado ao mercado, ambos datados de 14 de dezembro. Por exemplo, a CSN negou que realiza estudo sobre potencial venda de 30% da CSN Mineração e disse que a teleconferência abarcou que não há intenção em realizar tal transação, sendo apenas uma “hipótese de liquidez”.

“No que se refere à possibilidade de venda de 30% da CSN Mineração S.A. não há até o momento qualquer estudo sendo realizado internamente tendo por objeto referida possível operação, ou sequer aprovação societária, não se tratando de fato relevante. Além disso, durante a teleconferência foi esclarecido expressamente não haver intenção em realizar a venda de 30% da CSN Mineração S.A., configurando-se apenas como uma hipótese de liquidez, sem prejuízo de a companhia explorar oportunidades estratégicas”, afirma a CSN.

A companhia disse que não há nenhuma atualização às projeções (guidance) em relação ao fato relevante publicado no dia 14 de dezembro, pouco antes da teleconferência com investidores.

A CSN também afirma que a fala do Diretor Comercial, Luis Martinez, de que o crescimento da companhia “deve chegar a 10%” diz respeito a “estimativas pessoais do executivo, baseadas em métricas gerenciais simplificadas que a companhia não utiliza em suas divulgações para o mercado”.

No que diz respeito à possibilidade de a CSN dobrar de tamanho nos próximos 4 anos, a companhia diz que o fato relevante com novas projeções já continha um estudo de sensibilidade informando que “a depender das variáveis, a CSN poderia atingir Ebitda de até R$ 37,6 bilhões em 2028, ou seja, mais do que dobrando em relação aos últimos 12 meses”.

Sobre comentário no Investor Day de que o grupo deve realizar cinco IPOs no médio e longo prazos, a CSN afirma que tal informação já havia sido compartilhada no CSN Day de 2022 e está em linha com a estratégia já implementada com o IPO da CSN Mineração, “sem qualquer concretude que justifique a divulgação de fato Relevante”.

Quanto às estimativas de sinergias (R$ 360 milhões em 2023 e R$ 500 milhões em 2024), que haviam sido divulgadas em comunicado ao mercado do dia 14 de dezembro, a CSN diz que “trata-se de resultado alcançado predominantemente em 2023”.

A companhia afirma ainda que as estimativas se baseiam em cálculos gerenciais, sem acompanhamento possível através dos demonstrativos financeiros da companhia, “portanto, não sendo viável a construção de guidance“.

“Além disso, a própria sinergia com a aquisição da Lafarge já se encontra abarcada nas projeções de Ebitda para o segmento de Cimentos divulgadas no fato relevante publicado no dia 14”, diz a CSN.

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