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Grandes redes de farmácias quase não têm estoque para 1ª dose de vacina contra a dengue

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Grandes redes de farmácias quase não têm estoque para 1ª dose de vacina contra a dengue em São Paulo. O desabastecimento ocorre porque a fabricante está priorizando o fornecimento para o Ministério da Saúde -o órgão prevê início da vacinação pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ainda em fevereiro.

Com a explosão de casos da doença em todo o país, a maior procura pelo imunizante já havia afetado a disponibilidade em clínicas e hospitais particulares. O desabastecimento agora atinge farmácias.

As redes Droga Raia e Drogasil, por exemplo, registraram aumento de 600% na aplicação da vacina entre novembro e o final de janeiro. Agora, quase não há mais estoque para primeira dose.

“Diante da forte alta da demanda pela vacina da dengue e da opção do fornecedor em priorizar o atendimento ao setor público, há uma redução de estoques das vacinas da dengue em nossas farmácias. Para quem já tomou a primeira dose nas redes Raia e Drogasil, no entanto, a segunda dose estará disponível nas nossas filiais”, diz nota da empresa que controla as marcas.

Praticamente toda a rede de farmácias Pague Menos e Extrafarma também não têm mais a Qdenga disponível para primeira dose. Até esta sexta-feira (16), a empresa que comanda as marcas registrava doses disponíveis somente nos estados do Ceará, Pará, Pernambuco, Espírito Santo e Rondônia. Inicialmente, a vacina estava disponível em 15 unidades da federação.

O Grupo DPSP, que controla as drogarias Pacheco e São Paulo, diz que aplicou mais de 4 mil vacinas contra a dengue em todo o país, sendo 1.300 só em janeiro. A empresa confirma a limitação e diz que garante segunda dose a todos os clientes.

De acordo com a farmacêutica japonesa Takeda, fabricante da vacina Qdenga, o fornecimento para mercado privado brasileiro será limitado para garantir a segunda dose de quem já iniciou o esquema vacinal. Não haverá excedente para que outras pessoas tomem a primeira dose.

Disponível na rede particular desde julho do ano passado, a dose do imunizante custa de R$ 400 a R$ 490. O esquema vacinal é composto de duas doses com intervalo de três meses.

O Ministério da Saúde disponibilizou o imunizante para cerca de 500 municípios em 16 estados e no Distrito Federal, priorizando aqueles com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. No primeiro momento, a vacinação será destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que têm maior taxa de hospitalização pelo vírus.

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