Benefícios

Nova estratégia do FGTS para facilitar acesso à casa própria pelo Minha Casa, Minha Vida

Celular Saque FGTS
Diego Thomazini/Shutterstock.com

Em uma iniciativa inovadora, o FGTS Futuro será lançado em março como um mecanismo para auxiliar trabalhadores com carteira assinada a adquirirem sua casa própria, através do programa Minha Casa, Minha Vida. Este esquema permite que as contribuições futuras ao FGTS sejam contabilizadas como parte da renda do mutuário, facilitando a aquisição de imóveis mais valorizados ou a redução das prestações mensais.

A fase experimental do FGTS Futuro beneficiará inicialmente 60 mil famílias na Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, destinadas a quem ganha até dois salários mínimos. Se bem-sucedida, a medida poderá se estender a todos os participantes do programa, que abrange famílias com renda de até R$ 8 mil mensais.

O FGTS Futuro, embora introduzido pela Lei 14.438/2022, não havia sido implementado até agora. A nova lei de 2022 expandiu suas possibilidades, incluindo a amortização do saldo devedor ou a liquidação antecipada do contrato. No entanto, há riscos envolvidos, especialmente se o trabalhador perder o emprego e não conseguir outra colocação formal.

Mecanismo de Funcionamento O FGTS Futuro opera através do depósito de 8% do salário do trabalhador pelo empregador no FGTS. Essa contribuição adicional é considerada na renda mensal do trabalhador, possibilitando um financiamento mais vantajoso. A Caixa Econômica Federal, responsável pela operação do FGTS, encaminhará esses depósitos futuros diretamente para o banco que forneceu o financiamento habitacional.

Embora a regulamentação ainda esteja em processo, a expectativa é que, após a definição das normas pela Caixa, as operações com o FGTS Futuro comecem em aproximadamente 90 dias.

Exemplo Prático Um exemplo fornecido pelo Ministério das Cidades ilustra como uma família com renda de R$ 2 mil pode se beneficiar do FGTS Futuro ao comprometer até 25% de sua renda (R$ 500) na prestação de um imóvel. Com o FGTS Futuro, essa família poderia financiar um imóvel com prestações de R$ 660 ou optar por reduzir a prestação para R$ 340, dependendo da regulamentação futura.

Alerta sobre Riscos É crucial que os mutuários estejam cientes dos riscos, especialmente em caso de desemprego. A Caixa estuda permitir a suspensão das prestações por até seis meses, mas o saldo não pago será adicionado ao débito total. Em caso de inadimplência prolongada, o imóvel pode ser perdido.

Essa inovação do FGTS Futuro promete ser uma ferramenta valiosa para muitas famílias brasileiras na conquista da casa própria, embora venha acompanhada de uma análise cuidadosa dos riscos envolvidos.

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