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Anvisa e Ministério da Saúde negociam implementação de autoteste para Dengue

Dengue
Jarun Ontakrai/Shutterstock.com

Em uma iniciativa pioneira no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde estão em negociações avançadas para a introdução de autotestes para dengue. Este movimento visa proporcionar à população uma ferramenta rápida e eficaz para o diagnóstico da doença, que afeta milhares de brasileiros anualmente.

Autoteste para Dengue: Uma Nova Estratégia de Saúde Pública

A proposta dos autotestes de dengue surge como uma resposta às demandas por métodos de diagnóstico mais acessíveis e imediatos, especialmente em áreas endêmicas. A ideia é que os próprios cidadãos possam realizar o teste em casa, obtendo resultados em poucos minutos. Isso facilitaria a detecção precoce da doença, possibilitando um tratamento mais rápido e eficiente, além de contribuir para a prevenção de surtos.

Como Funcionarão os Autotestes?

Os autotestes para dengue funcionarão de maneira simples e direta, similar aos testes de gravidez de farmácia. O usuário coletará uma pequena amostra de sangue, por meio de uma picada no dedo, que será então aplicada em um dispositivo de teste. Em poucos minutos, o dispositivo indicará o resultado, permitindo que a pessoa saiba se está ou não infectada pelo vírus da dengue.

A implementação dos autotestes representa um grande avanço na saúde pública brasileira, permitindo uma ação mais rápida contra a dengue. Ao facilitar o diagnóstico, espera-se reduzir a pressão sobre os serviços de saúde, especialmente durante os períodos de alta incidência da doença. Além disso, ao promover o diagnóstico precoce, os autotestes podem contribuir significativamente para a redução da mortalidade associada à dengue.

Embora as negociações entre a Anvisa e o Ministério da Saúde estejam bem encaminhadas, ainda há etapas a serem cumpridas antes que os autotestes estejam disponíveis para o público. Estão previstos estudos de viabilidade, análises regulatórias e a definição de protocolos para a distribuição e uso dos testes. Uma vez aprovados, os autotestes de dengue serão uma valiosa adição às estratégias de controle e prevenção da doença no país.

Este desenvolvimento é um testemunho do compromisso do Brasil com a inovação na saúde pública, buscando soluções eficazes para combater doenças que impactam significativamente a população.

Saúde quer mais doses

Ainda não há previsão de chegada de mais doses. Enquanto isso, o Ministério da Saúde se organiza para realizar um acordo com o laboratório japonês Takeda, responsável pela produção da vacina Qdenga, para começar a produção do imunizante no país. A iniciativa, no entanto ainda não tem data para acontecer.

A adesão à vacinação de crianças contra a dengue continua baixa, mesmo após a ampliação da faixa de idade nesta semana. Foram aplicadas 250 mil doses de vacina em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, o que corresponde a 18% do total de vacinas distribuídas pelo Ministério da saúde, de 1 milhão 235 mil primeiras doses de vacina.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, 115 mil doses foram aplicadas pela rede privada. Até agora o Brasil já registrou 1 milhão e 300 mil casos prováveis da doença, sendo que 343 mortes foram confirmadas e 775 ainda estão em investigação. Nove unidades da federação já decretaram emergência por causa da epidemia de dengue.

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