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Governo anuncia estratégia para redução de 3,5% nas contas de energia este ano

Conta de Luz Energia Aneel/Shutterstock.com
Sendo Serra/Shutterstock.com

O Governo Federal tem um plano ambicioso para aliviar o orçamento das famílias brasileiras: a redução de 3,5% nas contas de luz em 2024. Essa iniciativa surge como resposta ao peso financeiro que os empréstimos contraídos pelas distribuidoras, durante a pandemia e a crise hídrica de 2021, têm imposto aos consumidores. A estratégia inclui a antecipação dos pagamentos que estavam previstos na lei de privatização da Eletrobras, com o objetivo de liquidar as dívidas conhecidas como “conta Covid” e “conta escassez hídrica”.

As contas mencionadas são resultado de medidas emergenciais tomadas para auxiliar as distribuidoras a cobrir custos extras enfrentados devido à pandemia, que provocou crise econômica e aumento da inadimplência, e à escassez hídrica, que levou à necessidade de contratar energia mais cara devido à falta de chuvas. Esses empréstimos, que até então têm sido repassados aos consumidores por meio dos reajustes tarifários, finalmente poderão ser solucionados.

Uma das frentes de ação será a antecipação dos recursos oriundos da privatização da Eletrobras, que totalizam cerca de R$ 32 bilhões ao longo de 25 anos, destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Esse fundo, que compila subsídios embutidos nas contas de luz, é um dos principais fatores de aumento das tarifas energéticas.

Fontes de Recursos e Aplicação:

Os recursos para a redução tarifária virão de fundos regionais da Eletrobras, de investimentos obrigatórios em pesquisa, desenvolvimento e eficiência energética ainda não aplicados e da própria CDE. A proposta prevê que os montantes dos fundos regionais sejam utilizados especificamente para aliviar as tarifas nos estados de sua área de influência, enquanto a antecipação dos depósitos da Eletrobras na CDE focará na redução das tarifas de forma mais ampla, com prioridade na liquidação dos empréstimos da “conta Covid” e da “conta escassez hídrica”.

Solução para o Amapá:

Um dos pontos críticos que a medida visa abordar é o desafio tarifário enfrentado pelo Amapá, cujas tarifas de energia haviam sido propostas para aumento significativo. Diante das reações políticas e sociais, o plano do governo inclui a utilização do fundo regional do Norte para diminuir a tarifa de energia no Amapá, buscando igualar as condições tarifárias às dos outros estados da região.

Essa medida, além de proporcionar um alívio nas contas de luz em todo o país, representa uma ação concreta do governo na busca por soluções que minimizem os impactos financeiros para a população, especialmente em um período de recuperação econômica pós-pandemia.

Confira o que mais consome energia na sua casa e como economizar

AR CONDICIONADO E CHUVEIRO ELÉTRICO: VILÕES DO CONSUMO BRASILEIRO

Nos países de clima frio, o consumo de energia é maior no inverno, devido à necessidade de aquecimento das casas.

Já no Brasil, o maior consumo de energia acontece no verão. E o motivo é um só: o ar condicionado, usado durante a temporada de calor pelas famílias.

Segundo a Enetec Consultoria em Engenharia Elétrica da UnB (Universidade de Brasília), como existem diversos tipos de ar-condicionado no mercado, o consumo mensal de energia do aparelho pode variar de 129 a 679 kWh (quilowatt-hora).

Um ar-condicionado tipo split de 12.000 BTUs de potência — um dos modelos mais comuns nas casas —, que fica ligado 8 horas por dia, durante os 30 dias de um mês, representa um consumo mensal médio de energia de 194 kWh, calcula a consultoria.

Para se ter uma ideia, isso é mais de duas vezes o consumo médio de um chuveiro elétrico ligado 30 minutos por dia — e o chuveiro é o segundo equipamento doméstico que mais pesa na conta de luz.

USO EFICIENTE DOS ELETRODOMÉSTICOS

Depois do ar condicionado e do chuveiro, é hora de olhar para os outros eletrodomésticos.

No Brasil, a recomendação é dar preferência aos eletrodomésticos classificados como classe A pelo selo Procel do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). E fazer o melhor uso de cada um dos equipamentos é fundamental para economizar eletricidade em casa.

“Em termos de gasto de energia, um eletrodoméstico que consome muita energia é o refrigerador, porque ele fica 24 horas ligado na tomada. É um dos eletrodomésticos no qual temos que focar mais na eficiência energética”, recomenda García.Uma geladeira eficiente pode consumir até 40% menos energia

Para que o refrigerador funcione de maneira ideal, é importante seguir estas recomendações:

  • Evite acúmulo de gelo.
  • Mantenha a parte traseira ventilada e sem poeira, deixando um espaço entre a geladeira e a parede para que o ar possa circular.
  • Instale a geladeira longe de fontes de calor, como o forno, e certifique-se de que não esteja exposto à luz solar direta.
  • Evite guardar alimentos quentes que aumentem a temperatura no interior do equipamento.
  • Guarde os alimentos com espaço suficiente entre eles para que o ar circule, facilitando o resfriamento.
  • Por fim, algo que pode parecer bobo, mas não é: abra a geladeira o mínimo possível para evitar a perda de frio para o ambiente.
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