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Fornecimento de água segue suspenso e sem previsão de retorno em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Ilha de Paquetá

A operação do Sistema Imunana-Laranjal segue paralisada nesta quinta-feira e, até o momento, não tem previsão de retorno. A Cedae, responsável pelo funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Laranjal, em São Gonçalo, paralisou as ações após ser identificada alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação, que testes apontaram ser tolueno. A paralisação impacta cerca de 2 milhões de pessoas, uma vez que o sistema abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí (água bruta), Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. A polícia investiga o caso.

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A paralisação do serviço ocorreu após a identificação da substância na água. Segundo o diretor de saneamento e grandes operações da Cedae, Daniel Okumura, ainda não foi possível identificar a origem do despejo do tolueno, substância usada na indústria em diferentes produtos.

— Normalmente quando nós detectamos alguma alteração na qualidade da água que chega na estação, imediatamente nós acionamos o nosso plano de contingência que diz para nós paralisarmos a estação. Uma vez paralisado, nós fazemos a coleta, enviamos para os nossos laboratórios que fazem a análise. Uma vez analisado, detectamos esse composto orgânico que é o tolueno em concentrações elevadas e assim nós começamos a monitorar esse composto e acionamos os órgãos que são responsáveis para fiscalizar, que são o Inea e a Delegacia de Polícia de Meio Ambiente — disse Okumura, em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo.

O diretor da Cedae disse que os órgãos competentes já foram acionados e trabalham para tentar identificar a fonte de despejo da substância. Além do acompanhamento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) também foi acionada. Em nota, a Polícia Civil afirmou que após o registro “imediatamente enviou uma equipe ao local de captação de água para colher informações. A investigação está em andamento”.

— No momento não existem suspeitas, existe sim o fato que é o tolueno presente na água e os órgãos responsáveis estão atuando em campo para verificar quais são as possíveis fontes dessa substância que tem chegado na estação — disse Okumura.

Ainda não há previsão do retorno do abastecimento, segundo o diretor da Cedae, que segue com o monitoramento da água do Canal de Imunana, que capta e leva a água dos rios Guapiaçu e Macacu.

— Desde ontem, durante a madrugada toda, nós viemos monitorando os parâmetros e assim que tivermos segurança para fornecer essa água para a população, assim estaremos fazendo. E é importante que a população não acredite em fake news — afirmou.

Atenção com gasto de água

A operação foi interrompida às 5h59 de quarta-feira. Com isso, as concessionárias Águas de Niterói e Águas do Rio, responsáveis pela distribuição de água em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pedem que a população economize água.

Em nota, a Águas de Niterói informa que o abastecimento da cidade continua suspenso e não tem previsão de retorno. “A concessionária segue monitorando a situação e solicita que os clientes economizem água até que o abastecimento seja normalizado”, diz trecho do comunicado. Carros-pipa estão abastecendo os locais que prestam serviços essenciais.

A Águas do Rio, também por meio de nota, confirma que segue com o abastecimento de água para os municípios atendidos suspenso e sem previsão de retorno até no momento. Segundo a concessionária, em relação aos caminhões-pipa é priorizado o atendimento para serviços essenciais, como hospitais, clínicas, creches e escolas. A empresa orienta à população que faça uso consciente da água, evitando atividades que demandem alto consumo.

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