Neste início de semana, a Ministra da Saúde Nísia Trindade apresentou um panorama atualizado sobre a situação da dengue no Brasil, evidenciando um quadro variado em relação à incidência da doença pelo território nacional. Durante coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, a ministra detalhou que o país registra 12 estados com estabilidade nos casos de dengue, 8 em declínio e 7 em ascensão.
Segundo Trindade, o cenário da dengue no Brasil é complexo e sujeito a variações regionais significativas. Desde janeiro, observou-se uma onda exponencial de casos, principalmente na região Centro-Oeste. Contudo, estados como Amazonas, Acre, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Roraima agora demonstram uma tendência clara de redução nos registros da doença.
Em contrapartida, ainda há estados onde os números permanecem estáveis, sem indicar um aumento ou uma diminuição acentuada. Estes incluem Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins. Por outro lado, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe apresentam uma curva ascendente nos casos de dengue.
Este ano, o país já contabilizou 1.020 óbitos e mais de 2,6 milhões de casos prováveis de dengue, com outras 1.531 mortes ainda sob investigação. O mês de março se destacou com o maior número de óbitos desde o início dos registros em 2000, com uma média de 20 mortes por dia atribuídas à doença. O Distrito Federal lidera o triste ranking de mortes, seguido por São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás, que juntos somam 73% do total de óbitos no país.
Diante dessa situação, a Ministra Nísia Trindade enfatiza a importância de estratégias regionais de combate e prevenção à dengue, considerando as peculiaridades de cada estado. A diversidade de cenários demanda ações específicas, visando tanto a redução dos casos em áreas de aumento quanto a manutenção dos resultados positivos onde já se observa queda.
