Neste início de semana, o Brasil testemunha um avanço significativo no setor da saúde pública com a incorporação de 1.600 profissionais ao programa Mais Médicos. Esta nova leva de especialistas chega para somar esforços aos 24.770 médicos já distribuídos pelo território nacional, marcando uma etapa importante na missão do governo federal de minimizar as disparidades de acesso à saúde.
Os profissionais recém-chegados estarão em atuação em 654 municípios, com foco nas áreas mais vulneráveis e carentes do país. O Ministério da Saúde destaca que este esforço é apenas uma parcela do plano de expansão do programa, que visa uma cobertura ainda mais ampla no futuro próximo. Segundo Wellington Carvalho, diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, a reformulação do Mais Médicos busca tornar o programa mais atraente para os profissionais da saúde, com 60% das vagas atuais preenchidas por médicos graduados no Brasil.
A importância da atenção primária é ressaltada por Carvalho, que aponta para estudos globais mostrando sua capacidade de resolver até 80% das demandas de saúde de indivíduos e comunidades. Em 2023, mais de 1.000 novas vagas foram autorizadas especificamente para a Amazônia Legal, além de um aumento de 45% no número de profissionais dedicados à saúde indígena. Pela primeira vez, foram também estabelecidas vagas para equipes de saúde prisional e para consultórios de rua.
As regiões de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Rio de Janeiro, e Maranhão foram as mais beneficiadas em termos de número de profissionais alocados. O Ministério da Saúde enfatiza que os médicos do programa trabalham em conjunto com as equipes da Estratégia Saúde da Família, realizando uma gama de atividades que vão além das consultas médicas, incluindo promoção da saúde, prevenção de doenças, ações educativas e visitas domiciliares.
Este reforço na atenção primária é um passo fundamental para garantir cuidados de saúde de qualidade e acessíveis a todos os brasileiros, especialmente aqueles em regiões de difícil acesso ou com escassez de recursos.
