Em um desenvolvimento recente em São Paulo, a Justiça tomou uma decisão crucial no caso envolvendo Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista de um veículo Porsche implicado em um trágico acidente de trânsito que resultou na morte de um motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, no último dia de março. Apesar das solicitações por parte da Polícia Civil e do Ministério Público (MP) pela prisão preventiva do empresário, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, atuando na 1ª Vara do Júri, optou por recusar o pedido, impondo, contudo, restrições severas como alternativa.
Entre as medidas cautelares determinadas, incluem-se a exigência de uma fiança substancial no valor de R$ 500 mil, suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), restrição de deslocamento para além dos limites da cidade por mais de uma semana, e a apreensão do passaporte do acusado. Fernando também está proibido de aproximar-se de testemunhas e sobreviventes do acidente, incluindo Marcus Vinicius Machado Rocha, gravemente ferido na ocasião e atualmente sob cuidados intensivos em hospital local.
A decisão surge em meio a alegações de que Fernando, sob influência de álcool e conduzindo em alta velocidade, teria causado o acidente fatal antes de fugir do local. No entanto, o juiz justificou sua decisão apontando para a apresentação voluntária de Fernando à polícia, seu emprego fixo, e a ausência de antecedentes criminais.
Além da repercussão legal, o caso ganha contornos humanos e sociais, dada a perda irreparável de Ornaldo da Silva Viana, deixando família e comunidade em luto. A defesa de Fernando classifica o evento como uma fatalidade, enquanto familiares de Ornaldo expressam sentimento de injustiça.
A Polícia Técnico-Científica e a Corregedoria da Polícia Militar seguem investigando detalhes do incidente, incluindo a velocidade do Porsche no momento do acidente e a conduta dos policiais na cena.
