Economia

Educação e alimentação pressionam custos ao consumidor com a inflação

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© Marcello Casal JrAgência Brasil

O mês de março registrou uma desaceleração na inflação oficial do país, atingindo 0,16%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da redução no ritmo geral, certos segmentos impulsionaram a alta nos preços, afetando diretamente o orçamento das famílias brasileiras. Frutas, legumes, mensalidades escolares e serviços de streaming se destacaram como os principais impulsionadores dos índices neste período.

Detalhes da Pressão Inflacionária:

  • Alimentação e Bebidas: O setor de alimentação registrou um aumento de 0,53%, influenciado principalmente por tubérculos, raízes e legumes, que viram uma expressiva alta de 16,51%. Produtos como cenoura e batata inglesa apresentaram significativos aumentos de 45,08% e 17,74%, respectivamente. As frutas também tiveram elevações notáveis nos preços, com a manga e a laranja-lima entre as mais afetadas.
  • Saúde e Cuidados Pessoais: Este grupo contribuiu com um impacto de 0,43% na inflação de março, com destaque para os planos de saúde e produtos farmacêuticos, que subiram 0,77% e 0,52%, respectivamente. Medicamentos como anti-infecciosos e analgésicos também sofreram ajustes de preços.
  • Educação: A educação foi um dos setores com maior variação no mês, com um aumento de 5,47%, impactado pelo reajuste nas mensalidades escolares. Ensinos médio e fundamental tiveram aumentos de 8,51% e 8,24%, enquanto a pré-escola registrou alta de 8,05%.
  • Streaming: O setor de serviços de streaming viu uma inflação de 9,29% em março, refletindo os reajustes aplicados às mensalidades desses serviços.

Apesar da inflação moderada em março, os aumentos específicos nesses grupos demandam atenção por parte dos consumidores, que precisam ajustar seus orçamentos frente às novas realidades de custo. O IBGE aponta que, dos nove grupos de produtos e serviços analisados, seis apresentaram alta, evidenciando uma pressão inflacionária concentrada em setores específicos.

As autoridades continuam monitorando essas tendências para ajustar as políticas econômicas de forma a mitigar os impactos sobre o poder de compra dos brasileiros.

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