Saúde

Anvisa decide hoje se mantém proibida a venda de vapes

Vapes Cigarro Eletronico mixvale
Imagem MixVale

A Anvisa se reúne nesta sexta-feira (19) para decidir o futuro do cigarro eletrônico no Brasil. A pauta em discussão é a possível liberação da comercialização dos vapes, que são proibidos no país desde 2009.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deliberou na última sexta-feira (19) a manutenção da proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil, conhecidos também como vapes. Esta decisão visa reforçar o combate ao acesso especialmente entre os jovens, em um momento em que o consumo ilegal desses dispositivos cresce exponencialmente.

Os cigarros eletrônicos foram proibidos no Brasil desde 2009, mas continuam sendo comercializados amplamente através de canais não oficiais. O debate recente sobre a liberação dos vapes foi intensificado pela campanha da indústria tabagista que alega que os dispositivos são uma alternativa menos nociva ao cigarro convencional. Esta posição é embasada por estudos como o do King’s College, no Reino Unido, que sugere que os vapes são 95% menos prejudiciais que os cigarros tradicionais.

Contrariamente, especialistas em saúde pública e entidades médicas brasileiras, como a Sociedade Brasileira de Pneumologia, argumentam que não existem evidências científicas suficientes que comprovem a redução de danos e alertam para os riscos associados, como a doença Evali, uma grave condição pulmonar relacionada ao uso de vapes. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Comissão de Combate ao Tabagismo da Associação Médica Brasileira (AMB) reforçam que a nicotina presente nos vapes é extremamente viciante e pode levar a uma nova onda de dependência, especialmente entre os jovens.

Pressão da Indústria do Tabaco:

  • A indústria do tabaco, que vê nos vapes uma oportunidade de expandir seus lucros, pressiona pela liberação.
  • Argumentam que os vapes são menos prejudiciais à saúde que o cigarro comum e que a proibição atual não funciona, já que os produtos já circulam livremente no mercado ilegal.
  • Financiaram a campanha “Eu Quero Escolher”, que incentivava a participação na consulta pública da Anvisa sobre a liberação dos vapes.

Especialistas Alertam para os Riscos:

  • A grande maioria dos especialistas em saúde é contra a liberação dos vapes.
  • Argumentam que os vapes não são inofensivos e que contêm diversas substâncias tóxicas e cancerígenas.
  • Afirmam que a liberação dos vapes colocaria em risco a saúde pública, especialmente dos jovens, e aumentaria o número de fumantes.
  • Citam a doença evali, causada por vapes e que já matou pessoas nos EUA, como um dos principais riscos.

Consulta Pública da Anvisa:

  • A consulta pública da Anvisa realizada em 2023 teve um resultado controverso.
  • Quase 59% dos participantes disseram ser a favor da liberação dos vapes.
  • No entanto, a maioria dos profissionais de saúde que responderam à consulta foi contra a liberação.

O que Decidirá a Anvisa?

  • A Anvisa precisa analisar todos os dados disponíveis, incluindo os resultados da consulta pública, estudos científicos e o impacto na saúde pública.
  • A decisão final deverá ser baseada em evidências científicas e no que for melhor para a saúde da população brasileira.
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