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Festas e ‘fugidinhas’ da concentração não são raras no futebol; relembre histórias famosas no Brasil e no exterior

Na terça-feira, John Kennedy e mais três atletas do Fluminense foram afastados por atos de indisciplina durante a concentração para o clássico contra o Vasco, no sábado: eles teriam feito uma festa “acima do tom” e convidado mulheres para o hotel. Não foi a primeira vez que jogadores arrumaram uma maneira de “escapar” da programação pré-jogo. Festas e fugas já movimentaram diversas concentrações no futebol brasileiro e do exterior. O EXTRA relembra algumas delas.

Seleção Brasileira

O ex-jogador Romário já admitiu publicamente que saiu diversas vezes da concentração nos clubes e até mesmo na seleção brasileira. Uma das histórias mais emblemáticas é justamente de quando ele foi artilheiro do tetra na Copa do Mundo de 1994. Ele contou que fugiu antes do primeiro e do terceiro jogos, contra a Rússia e Suécia, respectivamente.

— Ninguém viu, nem eu — brincou.

Na Copa América de 1997, o Baixinho “fez a cabeça” do jovem Ronaldo Fenômeno para escapar do conforto da concentração na Bolívia. A “fugidinha” foi arquitetada por Romário, segundo o próprio companheiro contou.

— Foi uma fuga cinematográfica. Eu ainda era garoto e o Romário me intimava: “vamos embora, moleque!” Como eu não iria? Eu fui. Ele me levou pro fundo do hotel e foi com um pé na parede e as costas no muro, tipo um ninja. A gente desceu e levou a escada para outro muro até encontrar o táxi esperando. Foi tudo orquestrado — lembrou Ronaldo, em entrevista ao programa “Resenha Espn”, em 2016.

O caso mais conhecido na seleção brasileira envolve Renato Gaúcho, atual técnico do Grêmio, que ficou fora da convocação para a Copa do México, em 1986, depois de um episódio parecido durante a disputa de amistosos preparativos para o Mundial. Ao lado de Leandro, ex-lateral-direito do Flamengo, Renato voltou à concentração na Toca da Raposa, em Belo Horizonte, bem depois de 23h, horário estabelecido pela comissão técnica — eles haviam passado a noite entre um pub e uma boate. O treinador Telê Santana não afastou ninguém de imediato, mas dois meses depois, deixou Renato fora da lista de jogadores que iriam à Copa. Leandro foi convocado, mas desistiu de participar do Mundial no dia do embarque.

Seleções de fora

Em 2017, Arboleda, zagueiro do São Paulo, e mais quatro jogadores do Equador fugiram da concentração da seleção dias antes de uma partida contra a Argentina pelas Eliminatórias da Copa. Na época, a federação equatoriana confirmou que os atletas saíram após o horário determinado e só retornaram por volta de 2h30 da manhã. Com isso, foram afastados de qualquer convocação por tempo indeterminado.

Antes disso, em 2011, um dos maiores escândalos de concentração aconteceu na seleção do México, durante a Copa América na Argentina. Logo no início da competição, oito jogadores foram afastados por terem organizado uma “festinha” com direito a garotas de programa. Em meio à polêmica, a equipe foi eliminada da fase de grupos com três derrotas em três jogos disputados.

Futebol brasileiro

Ronaldinho Gaúcho também deu uma “fugidinha” na concentração. Enquanto era jogador do Flamengo, ele foi flagrado por câmeras de segurança ao visitar o quarto de uma hóspede durante a pré-temporada rubro-negra de 2012, em um resort no interior do Paraná. Após o escândalo, o técnico Vanderlei Luxemburgo chegou a pedir a saída dele, mas quem acabou demitido foi o próprio comandante, algum tempo depois.

Entre os ex-atletas brasileiros que já falaram abertamente sobre as polêmcias da concentração, Marcelinho Carioca e Serginho Chulapa chamam a atenção pela forma descontraída quando tocam no assunto. Ambos confessaram que já “escaparam” mais de uma vez nos tempos de Corinthians e São Paulo, respectivamente.

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