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Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, recusa assistir Tremembé e alerta sobre glamourização de assassinos famosos

Ana Carolina Oliveira
Ana Carolina Oliveira - Instagram/anacarolinaoliveira_oficial

Ana Carolina Oliveira, vereadora em São Paulo, revelou nas redes sociais que optou por não assistir à série Tremembé, lançada no Prime Video em 31 de outubro de 2025. A produção retrata a rotina no presídio de Tremembé, que abriga condenados por crimes notórios, incluindo Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, responsáveis pela morte de sua filha Isabella em 2008. A decisão visa preservar sua saúde mental, evitando reviver eventos traumáticos da própria história.

A série gerou repercussão imediata, alcançando o primeiro lugar no Top 10 do Prime Video no Brasil logo na estreia. Ana Carolina, que responde a perguntas de seguidores, destacou que acompanha os comentários sobre o sucesso da obra, mas prefere se distanciar do conteúdo.

Em vídeo publicado no Instagram, ela enfatizou a diferença entre compartilhar sua narrativa pessoal e confrontar uma dramatização fictícia dos fatos. A vereadora, eleita em 2024 pelo PODE, dedica seu mandato à defesa de direitos de crianças e adolescentes.

Declaração nas redes sociais

Ana Carolina abriu uma caixa de perguntas em seus stories e respondeu diretamente sobre a série. Ela afirmou que não sente necessidade de se aprofundar em uma ficção baseada em sua vida.

A resposta ganhou visibilidade rápida, com milhares de visualizações em poucas horas. Seguidores enviaram mensagens de apoio, reforçando a importância de priorizar o bem-estar emocional.

Contexto da série Tremembé

Tremembé é uma produção de true crime com oito episódios, dirigida por Vera Egito e roteirizada com base em livros de Ullisses Campbell. A trama explora interações entre detentos no Complexo Penitenciário Dr. José Augusto César Salgado, conhecido como presídio dos famosos.

O elenco inclui Marina Ruy Barbosa como Suzane von Richthofen, Bianca Comparato como Anna Carolina Jatobá e Lucas Oradovschi como Alexandre Nardoni. As gravações ocorreram no segundo semestre de 2024, com análise jurídica para evitar controvérsias legais.

A série mistura elementos dramatizados e fatos processuais, focando em alianças e conflitos internos. Ela estreou em meio a debates sobre o sistema prisional brasileiro.

Motivos para a escolha pessoal

Ana Carolina explicou que expor-se a cenas que recriam o crime seria como reviver o trauma diretamente. Ela mencionou que falar abertamente sobre Isabella em suas conversas diárias é uma escolha controlada, diferente de uma narrativa televisiva.

A vereadora reconheceu o talento de Ullisses Campbell, autor das obras que inspiraram a produção. Apesar disso, optou por não assistir para evitar gatilhos emocionais.

Preocupações com representações midiáticas

A exposição de criminosos em produções como Tremembé levanta questões sobre a seriedade dos casos. Ana Carolina destacou que vítimas sobreviventes funcionam como vítimas secundárias, merecendo respeito e cuidado.

Ela alertou para o risco de tratar autores de crimes como celebridades, o que pode minimizar a gravidade dos fatos. A vereadora pediu responsabilidade ao público ao consumir esse tipo de conteúdo.

  • Criminosos retratados incluem casos como o de Isabella Nardoni, Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga.
  • A série usa ficção para ilustrar dinâmicas prisionais, mas baseia-se em autos judiciais.
  • Debates surgiram sobre o equilíbrio entre entretenimento e sensibilidade às famílias afetadas.

Atuação pública de Ana Carolina

Como vereadora, Ana Carolina foca em projetos para proteção infantil na Câmara Municipal de São Paulo. Ela mantém a memória de Isabella viva por meio de ações sociais e educativas.

Em 2025, Isabella completaria 23 anos, e a família preserva fotos e relatos em homenagens anuais. A vereadora recebeu mensagens de solidariedade após o pronunciamento sobre a série.

Repercussão da produção

Tremembé alcançou mais de 5 milhões de visualizações nos primeiros dias, segundo dados da plataforma. Críticos elogiaram o elenco e a abordagem ao sistema carcerário.

A obra provocou discussões em fóruns online sobre true crime no Brasil. Ana Carolina acompanha esses debates sem consumir o material diretamente.

A série contribui para visibilidade de temas como reabilitação prisional. No entanto, famílias de vítimas pedem maior ênfase em perspectivas das partes afetadas.

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