151 mil benefícios no INSS irregulares pagos a idosos e deficientes são detectados
O pente fino nos programas sociais permitiu ao governo identificar 151 mil auxílios irregulares pagos a idosos e deficientes a baixa renda, o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O cancelamento desses benefícios pode gerar uma economia de R$ 1 bilhão por ano, mas o processo é moroso, segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame. Para facilitar a suspensão dos pagamentos, ele disse que será publicado um decreto nos próximos dias. Também foram encontrados 17 mil mortos que continuavam recebendo a assistência, correspondente a um salário mínimo.
Segundo o ministro, foram encontrados beneficiários com renda familiar per capita de até seis salários mínimos. O critério que vem sendo adotado pelo governo é de uma renda per capita de meio salário mínimo.
— Isso é mais do que a privatização da Eletrobras — disse o ministro.
Ele mencionou que no caso das aposentadorias por invalidez, 30% dos benefícios são irregulares, pagos a pessoas que têm condições de trabalhar. Entre os exemplos, ele citou auxílio pago a gestantes há mais de dez anos, atletas e “cegos que dirigem”. Beltrame classificou de “desleixo” o fato de os governo não terem revisado periodicamente os benefícios.
O balanço das revisões foi divulgado em cerimônia nesta segunda-feira durante comemoração do funcionamento de uma da nova plataforma digital de análise de dados (Govdata), que reúne a integração de várias bases do governo federal.