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Cadastro Único: Como funciona concessão de microcrédito

Cadastro Único: Como funciona concessão de microcrédito. Nos seis primeiros meses de 2019, a concessão de microcrédito cresceu 18,1% em relação ao mesmo período de 2018. Trata-se de empréstimos de pequeno valor, direcionados a empreendedores informais inscritos no Cadastro Único e que não possuem acesso aos canais tradicionais de crédito. Os dados fazem parte do Briefing Trimestral de Resultados do Microcrédito, fornecido pelo Banco Central (BC). Este boletim é fruto de uma parceria do BC com a Secretaria de Gestão da Informação (Sagi) do Ministério da Cidadania, que solicitou a apuração das informações. Ao todo, nos primeiros seis meses de 2019, R$ 2,7 bilhões foram destinados por meio desta modalidade de crédito para as famílias do Cadastro. Baixe o Aplicativo Gratuito do Portal Mix Vale

Dentre todos os inscritos no Cadastro Único, os beneficiários do Bolsa Família também tiveram crescimento no acesso ao microcrédito. O incremento foi de 13,3%, fazendo com que as famílias do Bolsa tivessem acesso a R$ 1,6 bilhão em contratos de microcrédito entre janeiro e junho de 2019.

Segundo o secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério da Cidadania, Vinícius de Oliveira Botelho, os dados mostram que os recursos do microcrédito estão chegando a quem mais precisa. “O microcrédito inverte a tendência do mercado de crédito, que é conceder mais para quem tem mais. A disposição do banco para dar crédito, em geral, cresce conforme a renda da pessoa ou da família, e isso se vê claramente em todas as linhas de crédito, exceto no microcrédito, que chega até as pessoas mais pobres. Então, quando ele cresce, é possível dizer que, de fato, em algumas linhas, o sistema financeiro está privilegiando quem é mais pobre”, comenta.

Conjuntura

Segundo Botelho, o crescimento na concessão de microcrédito é resultado da conjunção de diversos fatores, incluindo a retomada do crescimento econômico e a redução da taxa de juros, por exemplo. Algumas ações implementadas pelo Ministério da Cidadania, a partir das diretrizes do Plano Progredir. A alteração no marco regulatório do setor, que deixou de exigir acompanhamento presencial durante todo o contrato do microcrédito, agilizou e reduziu os custos do processo pelos bancos.

“Se o banco concedesse microcrédito para o pipoqueiro, ao longo de um ano, teria que deslocar um funcionário para, todos meses ir até o pipoqueiro para atendê-lo. Só que fazer esse acompanhamento presencial em todas as fases do crédito é muito caro. Então, o Ministério trabalhou para que, a partir da segunda visita, também pudesse ser feita uma qualificação e atendimento a distância”, disse o secretário.

De acordo com Botelho, o Ministério também buscou incentivar os Bancos a concederem microcrédito especialmente aos usuários do Cadastro Único. Ele explica que toda instituição bancária deve destinar um percentual específico para o microcrédito. No entanto, como a faixa das pessoas que podem contrair este tipo de crédito é muito ampla, nem sempre as pessoas que mais precisavam tinham acesso ao recurso. “Nós também fizemos uma mudança regulatória, oferecendo incentivos para os bancos que concedem microcrédito para o público do cadastro único”, relatou.

Progredir

É um plano do governo federal que reúne ações destinadas a auxiliar as pessoas inscritas no Cadastro Único na busca por autonomia, independência e emancipação, por meio da promoção de cidadania e da geração de emprego e renda. O Progredir oferece oportunidades de qualificação profissional, incentivo ao empreendedorismo e acesso ao mundo do trabalho por meio de parcerias com entidades públicas e privadas. Mais de 100 mil pessoas já se inscreveram.

A Rede de Parceiros do Desenvolvimento Social foi criada para que instituições públicas e privadas ofertem vagas de emprego, cursos de qualificação profissional e microcrédito produtivo orientado para o público do Cadastro Único. Atualmente, estão cadastradas 792 instituições parceiras.

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