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Açúcar bruto avança com precificação de estocagem relacionada ao coronavírus

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram pelo terceiro dia seguido nesta quarta-feira, apoiados por uma recuperação global nos mercados acionários e à medida que operadores passaram a precificar com base em formações de estoques relacionadas à pandemia de coronavírus.

O café arábica fechou em alta pela sexta sessão consecutiva.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,14 centavo de dólar, ou 1,2%, a 11,41 centavos de dólar por libra-peso, em mais uma sessão positiva, continuando a avançar em relação à mínima de um ano e meio registrada em 19 de março (10,59 centavos).

* Os mercados de ações tiveram recuperação em todo o mundo, repercutindo um pacote de estímulo fiscal de 2 trilhões de dólares dos Estados Unidos para lidar com os impactos econômicos do coronavírus. A maior parte dos mercados de commodities também avançou.

* Operadores disseram que por enquanto já foi precificado o fator baixista relacionado às quedas nos preços do petróleo, que tendem a fazer com que usinas brasileiras produzam mais açúcar, em detrimento do etanol.

* “O fator dominante nas últimas duas semanas foi o colapso nos preços da energia, mas não acho que o açúcar tenha precificado totalmente a formação de estoques. Há uma parte disso precificada, mas acredito que há mais por vir”, disse Carlos Mera, analista do Rabobank.

* As usinas de açúcar do centro-sul registraram um rápido início na moagem de cana da nova safra, processando 3 milhões de toneladas na primeira quinzena de março, 88% a mais que em igual período do ano passado, segundo a associação Unica.

* O açúcar branco para maio terminou o dia estável, cotado a 338,90 dólares por tonelada.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em alta de 4,35 centavos de dólar, ou mais de 3%, a 1,2995 dólar por libra-peso, maior nível desde o início de janeiro.

* O arábica encontrou apoio na possibilidade de interrupções dos embarques de café do Brasil, o que estaria relacionado à pandemia de coronavírus, além do acúmulo de estoques por torrefadoras e consumidores finais.

* Operadores mencionaram que os estoques certificados pela ICE continuam a recuar acentuadamente.

* A torrefadora italiana Lavazza afirmou que as operações seguem normais em suas unidades no país, apesar da pandemia.

* O café robusta para maio fechou praticamente estável, a 1.259 dólares por tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

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