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Preços do açúcar bruto recuam com possível superávit em 2020/21; café arábica sobe

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE fecharam em queda nesta segunda-feira, pressionados pelo crescente sentimento de que o mercado global pode ter um superávit na temporada 2020/21, enquanto os preços do café arábica recuperaram algum terreno após fortes perdas no final da semana passada.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,37 centavo de dólar, ou 3,3%, a 10,73 centavos de dólar por libra-peso.

* Operadores disseram que o mercado foi pressionado em parte pela perspectiva de maior produção no centro-sul do Brasil, à medida que a queda nos preços do petróleo leva usinas a utilizar mais cana para fabricação do adoçante, em detrimento da produção de etanol.

* “Nos atuais valores, as vendas de etanol no Brasil estão pagando o equivalente a 55 pontos menos do que as usinas receberiam vendendo açúcar aos mercados de exportação, considerando os preços do açúcar bruto em Nova York”, disse Arnaldo Correa, diretor-geral da Archer Consulting.

* Ele afirmou que o aumento na produção brasileira deve alterar as projeções para o balanço global de açúcar.

* A distribuidora de combustíveis Raízen declarou força maior em contratos de compra de etanol de usinas do Brasil devido à baixa demanda, enquanto a BR Distribuidora disse que identificou a necessidade de flexibilizar volumes.

* O açúcar branco para maio avançou 5,40 dólares, ou 1,5%, para 356,10 dólares por tonelada, impulsionado em parte por preocupações de que uma quarentena de 21 dias na Índia devido ao coronavírus possa interromper exportações de açúcar refinado do país.

* “A maioria dos portos (na Índia) está fechada, seja oficialmente, seja porque trabalhadores portuários simplesmente deram no pé. Uma série de vendas de exportação foi cancelada por motivos de força maior”, disse a corretora Marex Spectron em nota.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em alta de 3,45 centavos de dólar, ou 3%, a 1,1930 dólar por libra-peso, com o mercado dando sinais de retomada nas altas após um forte revés no final da semana passada.

* O mercado tem sido parcialmente sustentado pela acumulação de estoques em alguns dos principais países consumidores de café.

* Também há preocupações quanto a dificuldades operacionais no Brasil devido a medidas de isolamento decretadas devido ao coronavírus.

* O café robusta para maio recuou 6 dólares, ou 0,5%, para 1.203 dólares por tonelada.

(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)

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