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PETRÓLEO-Preços sobem, mas têm perda na semana com destruição da demanda por vírus

Por Scott DiSavino

NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo avançaram nesta sexta-feira, mas ainda assim acumularam perdas pela oitava vez em nove semanas, à medida que os cortes globais de produção não conseguem acompanhar o ritmo do colapso da demanda em função da pandemia de coronavírus.

Os contratos futuros do petróleo tiveram uma recuperação no final do dia, após dados sobre a contagem de sondas ativas nos Estados Unidos apontarem que os produtores do país recuaram de forma agressiva em suas atividades de perfuração.

Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,11 dólar, ou 0,5%, a 21,44 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA avançou 0,44 dólar, ou 2,7%, para 16,94 dólares por barril.

Mesmo assim, a commodity apurou a terceira semana consecutiva de perdas, com o Brent terminando o período com queda de 24% e o WTI com recuo de cerca de 7%.

O mercado de petróleo tem sido extremamente volátil. O valor de referência norte-americano chegou a operar em território negativo pela primeira vez na história na segunda-feira, enquanto o Brent, referência internacional, despencou para mínimas de duas décadas durante a semana.

Investidores têm vendido petróleo de forma agressiva desde o início de março, uma vez que a demanda colapsou 30% por causa da pandemia.

Operadores do mercado de energia esperam que a demanda fique aquém da produção por meses, em meio a impactos econômicos causados pelo coronavírus. Produtores podem não estar cortando bombeamento de forma rápida ou profunda o suficiente para sustentar os preços.

“Os esforços para redução de oferta sofrem apenas para tentar chegar perto de igualar a destruição de demanda pelo coronavírus”, disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge Again Capital em Nova York.

(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar, em Londres, e Aaron Sheldrick, em Tóquio)

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