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Donos de estabelecimentos comerciais em Lisboa se queixam de volta de restrições do coronavírus

Por Catarina Demony e Miguel Pereira

LISBOA (Reuters) – Dezenas de proprietários de estabelecimentos comerciais de Lisboa se desesperaram nesta terça-feira, quando novas restrições que determinam que fechem mais cedo seus negócios todos os dias entraram em vigor na cidade para combater uma nova onda de casos de coronavírus nas imediações.

Com dificuldade de pagar as contas e explicando que não tem mais dinheiro, Fatima Reis, dona de um café, disse: “Tenho que trabalhar. Eles têm que me deixar trabalhar.”

Mas como todos os estabelecimentos comerciais da capital portuguesa, com exceção dos restaurantes, agora ela tem que fechar seu pequeno ponto no bairro histórico de Graça às 20h, já que as autoridades estão tentando reduzir o número de casos dentro e nos arredores da cidade.

O fato de que restaurantes podem ficar abertos mais tempo atingiu particularmente os pequenos negócios. Reis, que teve que fechar seu café durante dois meses na época do isolamento, gostaria de permanecer em funcionamento até as 22h para atender clientes que saem do trabalho ou da praia.

Surtos localizados em bairros mais pobres e polos industriais das cercanias de Lisboa, além de festas e raves à beira-mar, estão preocupando as autoridades e mantiveram os casos em um platô preocupante de centenas no último mês.

“Os jovens não conseguem se controlar, querem ficar soltos e em grupos”, disse José Rocha Pereira, de 64 anos, que também tem que fechar sua padaria às 20h. “Acho que, enquanto este for o caso, as medidas estão bem aplicadas”, afirmou.

“(Mas as medidas) têm que ser as mesmas para todos.”

Outras medidas em vigor em Lisboa a partir desta terça-feira incluem um limite a aglomerações de não mais de 10 pessoas, metade do limite nacional. Beber em espaços públicos fora de locais autorizados também será proibido.

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