Agro

USDA reduz safras de soja e milho dos EUA com clima adverso em agosto

CHICAGO (Reuters) – A produção de milho e soja dos Estados Unidos será menor do que o esperado anteriormente após o tempo seco em agosto e uma forte tempestade que danificou as safras no importante Estado produtor de Iowa, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.

Em seu relatório mensal de estimativa de oferta e demanda agrícola mundial, o USDA previu a colheita de milho dos EUA em 14,9 bilhões de bushels, com base em um rendimento médio de 178,5 bushels por acre.

A colheita da soja foi vista em 4,313 bilhões de bushels, com base em um rendimento médio de 51,9 bushels por acre.

Isso se compara com previsões do governo de agosto de uma colheita de milho de 15,278 bilhões de bushels e um rendimento médio de 181,8 bushels por acre para o milho, e uma safra de soja de 4,425 bilhões de bushels, com um rendimento de 53,3 bushels por acre.

“Agosto foi um mês de extremos climáticos e desastres”, disse o USDA em relatório. “Também houve eventos em câmera lenta, como o agravamento da seca no Oeste e uma faixa no Meio-Oeste e no Nordeste apresentou déficits de chuva significativos”, acrescentou.

Apesar do ajuste, se confirmada, a projeção de produção de milho seria a mais alta de todos os tempos.

Também nesta sexta-feira, o USDA reduziu sua estimativa de estoques finais para 2020/21 em 150 milhões de bushels para 460 milhões de bushels para soja, e em 253 milhões de bushels para 2,503 bilhões de bushels de milho.

O órgão deixou sua perspectiva de exportações de soja para 2020/21 inalterada em 2,125 bilhões de bushels, apesar de uma série recente de compras pela China da oleaginosa americana.

No entanto, aumentou sua perspectiva de exportação de milho em 100 milhões de bushels, para 2,325 bilhões de bushels.

“Esses serão considerados relatórios amigáveis ​​e… deixam muito espaço para aumentos de demanda no futuro”, disse Charlie Sernatinger, diretor global de futuros de grãos da ED&F Man Capital.

Os contratos futuros da soja negociados em Chicago saltaram para o nível mais alto desde junho de 2018, com analistas dizendo que o mercado foi sustentado por expectativas de que o governo aumentaria sua visão de exportação nos próximos meses.

(Por Mark Weinraub e Julie Ingwersen)

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