Agro

Produtoras de açúcar da França adiam trabalhos com safra afetada por doença

PARIS (Reuters) – As duas maiores produtoras de açúcar da França adiaram as operações de algumas fábricas para aguardar uma possível recuperação do potencial de rendimento da safra de beterraba sacarina, afetada por uma doença transmitida por insetos.

A icterícia disseminada por pulgões, que se proliferaram em meio ao tempo quente, causou graves danos aos campos de beterraba em partes da França, maior produtora de açúcar da União Europeia. A seca no verão (do Hemisfério Norte) também prejudicou o cultivo.

A Tereos disse que está iniciando nesta sexta-feira a campanha anual de colheita em uma de suas unidades de processamento, mas adiou o início dos trabalhos em regiões afetadas pela doença, com o começo das atividades em algumas áreas previsto para 2 de outubro.

O grupo, maior produtor de açúcar da França e segundo maior do mundo em termos de volume, disse esperar que neste ano o rendimento médio de seus produtores no país caia cerca de 12% em relação ao ano passado, com um recuo possivelmente superior a 30% nas zonas afetadas pela icterícia.

Os volumes de beterraba sacarina da Tereos devem recuar 9% ante 2019, com um aumento de 3,5% na área plantada compensando parcialmente o declínio nos rendimentos, acrescentou a empresa.

Já a Cristal Union, segunda maior produtora de açúcar da França, disse ter iniciado a temporada de colheita em 15 de setembro em uma fábrica, mas adiando o início dos trabalhos em outras instalações para até 6 de outubro.

Em email enviado à Reuters, o grupo afirmou que espera que seus volumes de produção de beterraba sacarina fiquem de 10% a 15% abaixo dos vistos no ano passado, enquanto a produtividade nas áreas afetadas pela icterícia devem despencar de 30% a 50%.

(Reportagem de Gus Trompiz e Sybille de La Hamaide)

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