Agro

Café recua na ICE por temor com recuperação lenta da Europa em meio à pandemia

Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE tiveram forte queda nesta quinta-feira, pressionados por temores de uma recuperação mais lenta da Europa da pandemia de coronavírus, o que poderia afetar a demanda por café.

Os futuros do açúcar também terminaram em baixa, diante do recuo nos preços do petróleo.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em queda de 2,7%, a 1,2995 dólar por libra-peso.

* Operadores disseram que as restrições impostas por diversos países europeus à distribuição da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca, bem como o aumento no número de casos da doença em algumas nações do continente, afetaram os preços da commodity, já que podem resultar em uma reabertura mais lenta de cafeterias e restaurantes.

* Eles também destacaram que, no Brasil, o real recuperou algum terreno após o Banco Central elevar a taxa de juros pela primeira vez em quase seis anos, com um aumento de 0,75 ponto percentual, acima do esperado.

* O café robusta para maio recuou 26 dólares, ou 1,8%, para 1.386 dólares a tonelada.

* Os cafeicultores do Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, têm segurado vendas devido aos preços pouco atraentes, enquanto os prêmios na Indonésia também diminuíram, segundo traders.

* Operadores observaram ainda que, pressionando a cotação do robusta, o desconto do contrato maio sobre o vencimento julho está aumentando, enquanto um volume maior de robusta está prestes a ser classificado para entrega ante os contratos negociados na ICE.

AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,1 centavo de dólar, ou 0,6%, a 15,89 centavos de dólar por libra-peso.

* Operadores disseram que é possível que o contrato maio teste as mínimas recentes de 15,85 centavos, já que falhou quatro vezes em romper o patamar superior do intervalo de negociação.

* Eles acrescentaram, porém, que um colapso dos preços no atacado parece improvável. Uma forte queda nos preços do petróleo também afetou o açúcar e outras commodities.

* A China, uma das maiores compradoras de açúcar do mundo, importou 430 mil toneladas do adoçante em fevereiro, alta de 90% em comparação anual, mostraram dados.

* O açúcar branco para maio recuou 2,50 dólares, ou 0,5%, para 456,00 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)

tagreuters.com2021binary_LYNXMPEH2H1GN-BASEIMAGE

To Top