Economia

Brasil tem queda na produção de petróleo em 2021; Tupi registra recuo, diz ANP

A produção média anual de petróleo do Brasil ficou em 2,905 milhões de barris/dia em 2021, queda de 1,18% ante o recorde de 2020, com o crescimento da extração de novos campos do pré-sal sendo insuficiente para compensar a diminuição no bombeamento nas áreas maduras, muitas delas no pós-sal, informou nesta quinta-feira a reguladora do setor ANP.

Além disso, o campo de Tupi, o maior do país e situado na região pioneira no pré-sal, registrou queda de 5,5% na produção de petróleo em 2021 ante 2020, para 901 mil barris por dia, conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Já a produção de gás natural do país em 2021 foi recorde, tendo atingido média anual 134 milhões de metros cúbicos/dia, superando em 5% a marca de 2020.

Em 2021, a maior parte da produção do país continuou sendo proveniente de reservatórios do pré-sal, que representou mais de 70% da extração nacional, em barris de óleo equivalente (petróleo e gás), uma vez que a Petrobras e as grandes companhias do setor têm investido mais nessa região petrolífera.

A produção do pré-sal em 2021 superou a de 2020 em 5,65%, somando 2,711 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed).

Já a produção do pós-sal e terrestre representaram 21,5% e 6,1%, respectivamente, do total produzido no país, segundo a ANP.

A produção do pós-sal somou 806 mil boed em 2021, 15,25% inferior à 2020.

A produção dos campos terrestres no ano passado ficou em torno de pouco mais de 200 mil boed.

Apesar da queda, o Campo de Tupi, na Bacia de Santos, foi responsável por 31,01% da produção nacional de petróleo em barris/dia.

Em 2021, a produção de petróleo do campo de Búzios, também no pré-sal, aumentou 7,17% em relação a 2020, representando 14,26% da produção nacional, tendo um acréscimo de 3,24 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Em 2021, o Estado do Rio de Janeiro ampliou a sua participação na produção nacional de petróleo em 1,3 ponto percentual em relação à 2020, respondendo por 80,6%, seguido por São Paulo (9,4%) e Espírito Santo (7,3%), entre outros.

A ANP havia publicado no mês passado os dados da produção de petróleo de dezembro, que subiram 4% ante o mesmo mês de 2020.

(Por Roberto Samora)

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