Asia

Fundador da Huawei pede foco no fluxo de caixa para sobreviver durante crise, diz jornal

SHENZHEN, China (Reuters) – O fundador da chinesa Huawei disse aos funcionários que a empresa deve mudar seu foco de buscar escala para garantir lucros e fluxo de caixa à medida que a economia global entra em um longo período de recessão, informou a mídia na terça-feira.

“Com a sobrevivência como princípio principal, os negócios marginais serão reduzidos e fechados, e o resfriamento será sentido por todos”, escreveu o fundador Ren Zhengfei em um e-mail para a equipe na segunda-feira, informou o jornal financeiro Yicai.

A Huawei disse que o e-mail era para funcionários e se recusou a comentar mais.

O Yicai não detalhou se Ren explicou quais negócios eram “marginais”, mas disse que o “pessoal excedente” seria transferido para equipes de reserva.

Ren também chamou a atenção para a importância do foco tradicional da empresa em tecnologia da informação e comunicação (TIC).“Devemos deixar claro que construir infraestrutura de TIC é a missão histórica da Huawei e, quanto mais difíceis os tempos, mais não podemos vacilar”, disse ele.

A Huawei “desistiria completamente” em alguns países não especificados, enquanto no ano que vem reduziria o investimento e a expansão “cegos” e manteria um ritmo de negócios apropriado, segundo o reportagem.

A economia global continuará a desacelerar na próxima década, enquanto a guerra, o “bloqueio contínuo” dos Estados Unidos e a pandemia não deixarão “nenhum ponto positivo no mundo” nos próximos três a cinco anos, disse o jornal, citando o e-mail de Ren.

Os resultados do primeiro semestre da Huawei mostraram uma queda de 52% no lucro para 15,08 bilhões de iuanes, de acordo com cálculos da Reuters, com o cenário macroeconômico prejudicando o negócio de dispositivos da empresa que vende smartphones e laptops.

Ren mencionou os negócios de computação em nuvem, energia digital e carros inteligentes da empresa como áreas em que a empresa deve ver avanço, de acordo com o jornal.

Ren disse que as perspectivas para a empresa são incertas nos próximos dois anos.

(Por David Kirton)

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