Asia

Setor de mixers de criptomoedas fica apreensivo após sanção dos EUA

Por Lisa Pauline Mattackal

(Reuters) – O sonho das finanças descentralizadas enfrenta turbulência. Em 2022, o total de fundos depositados no setor encolheu para cerca de 61 bilhões de dólares, ante mais de 170 bilhões no início do ano, segundo dados do Defi Llama.

Agora, o Tesouro dos Estados Unidos atuou sobre um dos maiores “mixers” do setor, ferramentas que agrupam e embaralham criptomoedas de milhares de endereços para aumentar o anonimato, dizendo que foi usado por hackers para lavar dinheiro.

A medida forçou muitos projetos DeFi a bloquear dinheiro de carteiras vinculadas ao Tornado e reduziu sua capacidade de operar”, disse Katie Talati, diretora de pesquisa da gestora de ativos digitais Arca.

O uso médio desses serviços em um período de 30 dias atingiu uma alta histórica de 51,8 milhões de dólares no final de abril, quase o dobro do nível do ano anterior, segundo um estudo da Chainalysis, antes de cair com o mercado de criptomoedas.

O Tornado Cash não respondeu a um pedido de comentário.

Embora as empresas de DeFi possam enfrentar decisões difíceis sobre a retirada dos mixers, alguns analistas vêem uma potencial vantagem para o mercado caso as medidas dos EUA levem investidores institucionais tradicionais a entrarem na briga.

“Instituições maiores podem ver as sanções como um passo em direção à legitimidade, potencialmente dando-lhes mais conforto em se envolver ou investir em Ethereum e outros ativos digitais”, escreveram analistas da Grayscale.

Endereços “ilícitos” identificados pela empresa de dados Chainalysis representaram 23% dos fundos enviados para mixers em 2022, ante 12% em 2021. Quanto ao Tornado Cash especificamente, a empresa de análise Elliptic informou que pelo menos 1,54 bilhão de dólares em dinheiro proveniente da criminalidade foram lavados através da plataforma.

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